A ORIENTAÇÃO SEXUAL NA
ESCOLA: UM ESTUDO DE CASO
O tema sexualidade está na “ordem do dia” da
escola. Presente em diversos espaços escolares ultrapassa fronteiras
disciplinares e de gênero, permeia conversas entre meninas e meninos e é
assunto a ser abordado na sala de aula pelos diferentes especialistas da
escola.
Porém, a sexualidade na Educação Básica ainda
é vista como algo indesejável, tanto por parte da própria escola como,
sobretudo, da família. Aspectos relevantes que são tratados nos PCN’s no eixo
transversal Orientação Sexual são relegados a Educação Básica por ausência de
formação básica dos profissionais da educação. É mister salientar que a
ausência do desenvolvimento desse tema transversal a ser trabalhado em sala de
aula passa pela falta de compromisso entre os Gestores educacionais e os
docentes, justificando essa afirmativa haja vista que existe material
específico para o desenvolvimento de um trabalho sistemático sobre sexualidade
nas escolas municipais advindos do Governo Federal.
A criação do tema Transversal Orientação
Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais é outro indicio da inserção deste
assunto no âmbito escolar. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s
1998, p.293), A orientação sexual na escola é um dos fatores que contribui para
o conhecimento e a valorização dos direitos sexuais e reprodutivos. Estes dizem
respeito à possibilidade que homens e mulheres tomem decisões sobre sua
fertilidade, saúde reprodutiva e criação dos filhos, tendo acesso às
informações e aos recursos necessários para implementar suas decisões.
A sexualidade é o que há de mais íntimo nos
indivíduos e aquilo que os reúne globalmente como espécie humana. Está inserida
entre ‘as disciplinas do corpo’ e participa da ‘regulação das populações’,
sendo um ‘negócio de Estado’ é tema de interesse público, pois diz respeito à
saúde pública, à natalidade, ao povoamento e à qualidade de vida da sociedade.
Sexo
e Sexualidade: conceitos diferentes e complementares
A partir do século XII, formou-se uma
aparelhagem para produção de discursos sobre o sexo, a qual, baseada na técnica
da confissão possibilitou, a constituição do sexo como objeto de verdade.
No entanto é a partir do século XIX que o
termo sexualidade surge com contorno diferente. Seu uso é estabelecido em
relação a outros fenômenos, como o desenvolvimento e o estabelecimento de regras
e normas apoiadas em religiosidade, conceitos pedagógicos ou judiciários e
orientações médicas; mudanças no modo pelo qual os indivíduos são levados a dar
sentido e valor a sua conduta, desejos, prazeres, sentimentos, sensações e
sonhos.
Comumente as pessoas confundem sexualidade
com sexo ou simplesmente com o ato sexual, fruto da desinformação generalizada
sobre educação sexual, pois, na verdade o sexo é a estrutura biológica (a
constituição física e seu funcionamento), psicológica (o sentimento de ser
sexuado ou o se sentir homem ou mulher) e social (desempenho de papeis
definidos para homens e mulheres).
Segundo Foucault (apud, REIS, 1999, p. 150)
em suas teses, a sociedade capitalista não obrigou o sexo a silenciar-se, ao
contrário, este é motivado a manifestar-se e esta mesma sociedade nos convida a
falar de nossa sexualidade, no entanto traçar concepções de sexualidade, na
sociedade atual, não é uma tarefa simples, pois se trata de um assunto
altamente complexo, que vai além das determinações biológicas de caráter
racionalista na medida em que trata de sujeitos humanos.
Segundo Guimarães (1995, p. 23), sexo é
relativo ao fato natural, hereditário, biológico, da diferença física entre o
homem e a mulher, e da atração de um pelo outro, para a reprodução.
Pode-se definir o sexo como a conformação
particular que distingue o macho da fêmea, conferindo-lhes características
diferentes, em outras palavras, sexo é a identidade sexual. Apesar da
simplicidade do sexo, nossa sociedade com seus tabus, não transmite essa visão,
nela o sexo aparece sempre como algo vergonhoso, impuro, feio, proibido e
vários outros sinônimos depreciativos, sendo passado de geração à geração
através dos tempos. A palavra ‘sexo’ não se resume tão somente á anatomia
genital, a um mecanismo de reprodução ou fonte de prazer. Na espécie humana o
sexo é muito mais que isso, inclui características físicas, aspectos
psicológicos, éticos, morais e culturais.
Para os PCN´s (1997 p. 117) sexo “é expressão
biológica que define um conjunto de características anatômicas e funcionais
(genitais e extragenitais)”. Por essas razões, diferencia-se de sexualidade que
é uma dimensão inerente ao ser humano e que está presente em todos os atos de
sua vida. Encontra-se marcada pela cultura, assim como pelos afetos e
sentimentos, expressando-se com singularidade em cada sujeito.
Para os Parâmetros (1997, p. 117), a
sexualidade “é de forma bem mais ampla, expressão cultural. Cada sociedade cria
conjuntos de regras que constituem parâmetros fundamentais para comportamento
sexual de cada indivíduo”.
Diferenciar sexo e sexualidade é de suma
importância, pois, são palavras diferentes em seu significado e por essa razão
se faz necessário um entendimento entre esses dois conceitos. Para Foucault
(1990), “a vontade de saber de nossa sexualidade, nossas opiniões e pensamentos
sobre a mesma, se torna artifício básico de controle disciplinar do corpo e da
população”.
Os PCN’s buscam uma visão pluralista sobre a
sexualidade, dando abertura para as diferentes crenças e valores, as duvidas e
os questionamentos sobre os diversos aspectos ligados a sexualidade.
Nesse sentido deve haver um trabalho em
conjunto entre escola e família, no sentido de se buscar os esclarecimentos
acerca de temas relacionados a sexualidade dando oportunidade a informação
sistemática em torno do sexo e da sexualidade.
A formação de atitudes, valores e condutas do
individuo ocorrem com o conhecimento adquirido na escola, nos meios de
comunicação e na interação social, no entanto essa educação formativa e
informativa é às vezes insuficiente para as crianças e os adolescentes, fato
que remete a importância do papel dos educadores, na confiança que os alunos
depositam neles, sendo, portanto a escola o lugar ideal para a formação e
informação da sexualidade.
Educação
sexual e orientação sexual
Tratar de Educação e ou Orientação Sexual é
algo complexo e que requer na atualidade cuidados que vão além da terminologia,
pois a educação brasileira a partir da LDB 9694/96, exige que este assunto seja
tratado como pertinente à educação formal escolarizada, como algo disciplinar
ou como componente curricular que permita uma melhor compreensão do que seja
educação e orientação sexual.
Enfim, Educação Sexual diz respeito ao
conjunto de valores transmitidos pela família e pelo ambiente social,
percorrendo toda a vida, e recebendo influências da cultura, da mídia (rádio,
TV, revistas...), dos amigos (as), da escola, e que nos permite incorporar
valores, símbolos, preconceitos e ideologias. Todos nós somos educadores
sexuais, logo, todas as pessoas são educadas sexualmente.
Por outro lado, diferencia-se da Orientação
sexual que é um processo de intervenção sistematizado, planejado e intencional,
promovendo o espaço de acolhimento e reflexão das dúvidas, valores, atitudes,
informações, posturas, contribuindo para a vivência da sexualidade de forma
responsável e prazerosa.
Não se limitando apenas a uma mera informação
reprodutiva ou preventiva, pois a sexualidade tem uma dimensão histórica,
cultural, ética e política que abrange todo o ser: corpo e espírito, razão e
emoção, podendo se expressar de diversas formas: carícias, beijos, abraços,
olhares. Assim, ela abrange o desenvolvimento sexual compreendido como: saúde
reprodutiva, relações de gênero, relações interpessoais, afetivas, imagem
corporal e auto-estima. Sendo assim, a Orientação Sexual deve ser abordada de
duas formas: Dentro da programação, por meio dos conteúdos, ou seja,
transversalizados nas diferentes áreas do ensino;
Mediante a programação, complementar ou
extra, sempre que surgirem questões relacionadas ao tema. Não se trata,
portanto, de criar novos conteúdos, e, sim, desvendar a dimensão da sexualidade
em geral, oculta ou estereotipada nos conteúdos específicos de cada disciplina.
Desse modo, os blocos de conteúdos propostos
para o Ensino Fundamental abarcam três eixos fundamentais que devem nortear
toda e qualquer intervenção do professor ao abordar o tema em sala de aula, que
são: O corpo: matriz da sexualidade, tratado como um todo integrado em suas
funções biológicas, afetivas, perceptivas e de relação social; as relações de
gênero, no sentido das representações sociais e culturais construídas a partir
da diferença biológica dos sexos; a prevenção às Doenças Sexualmente
Transmissíveis/AIDS, com ênfase na prevenção e na saúde, e não nas doenças, a
fim de não vincular a sexualidade à doença ou à morte.
Esses conteúdos podem e devem ser flexíveis,
de forma a abranger as necessidades específicas de cada turma, a cada momento,
pois o professor também pode abordar temas trazidos pelas crianças; aliás,
julga-se ser este o ponto de partida do trabalho. Para tanto, o documento
propõe que a relevância sócio-cultural deva ser um critério de seleção dos
conteúdos e que o professores, ao abordá-lo nas escolas, levem em consideração
as dimensões biológicas, culturais, psíquicas e sociais, pois sendo a
sexualidade uma construção humana, esta se encontra marcada pela história, pela
cultura, pela ciência, assim como pelos afetos e sentimentos, expressada com singularidade
em cada sujeito.
A Orientação Sexual como tema transversal
proposto pelos PCN’s deve ser entendida como um processo de intervenção
pedagógica, cujo objetivo é transmitir informações, problematizar questões e
ampliar o leque de conhecimento e opções referentes à sexualidade, incluindo
posturas, ideologias, crenças e tabus, propiciando debates e discussões a ela
relacionada, para que o próprio aluno escolha seu caminho de forma consciente.
A escola é, sem dúvida, uma das instituições
que mais reflete as regras sociais, cuja atuação e funcionamento têm papel
decisivo na construção do sujeito. A escola é um local reconhecido pelo grupo
social como transmissora de informações, habilidades e valores culturais,
socialmente compartilhados.
Vários são os motivos que justificam a
Orientação Sexual na escola: jovens bem informados costumam iniciar a vida
sexual mais tarde e com maior responsabilidade. Muitas famílias não abrem
espaço para o diálogo em casa e deixam essa função para a escola. Assim, as crianças
e os adolescentes conversam sobre sexo com os amigos e podem receber
informações incompletas, errôneas e preconceituosas, a televisão mostra todos
os dias, inúmera cenas de sexo e de relacionamentos entre homens e mulheres nem
sempre de forma natural e saudável.
Sendo a escola um lugar de curiosidades,
sonhos, medos, idéias, aprendizagem, conquistas, descobertas etc., esta não
pode excluir as manifestações da sexualidade e, sim criar um espaço de
discussão aberta e franca sobre ela, deixando de lado os próprios preconceitos,
permitindo que cada um se mostre como é: com suas dúvidas, conflitos, medos. É
ela quem detém os meios pedagógicos necessários para a intervenção sistemática
sobre a sexualidade, de modo a proporcionar a formação de uma opinião mais
crítica sobre o assunto, permitindo, assim, a satisfação e os anseios dos
alunos.
Como não se trata de uma disciplina
obrigatória, sujeita a notificações, a escola e/ou determinados ‘os
professores’ sentem-se desobrigados de assumir mais essa ‘árdua’ tarefa. Esses
dados não foram tão surpreendentes assim, pois, na prática, são ‘pouquíssimas’
as escolas que assumem realmente a tarefa de desenvolver um trabalho permanente
e consistente de Orientação Sexual.
A
orientação sexual na visão dos professores do ensino fundamental
Entendendo-se como Duarte (1993, p. 42) “que
o sexo e a sexualidade desempenham papel essencial em nossas vidas,
influenciando nosso modo de ser”, é que os profissionais do ensino da Unidade
Integrada Cidade Olímpica, perceberam a necessidade que os adolescentes e as
crianças tem de uma construção de conhecimento pautada nas relações humanas
permeadas de sexualidade.
Para os professores da Escola Unidade
Integrada Cidade Olímpica, a Educação e Orientação sexual supõem um trabalho
contínuo, sistemático e regular, perpassa todo o ano letivo através de
atividades escolares e extraescolares. Dessa forma pressupõe a formação
contínua, na forma de atividades de grupos, ciclos de palestra, debates na
comunidade escolar com participação da família, utilizando a
interdisciplinaridade e a transversalidade como aportes metodológicos para a
implementação das ações práticas e teóricas.
Ao atuar como um profissional a quem compete
conduzir o processo de reflexão que possibilitará ao aluno autonomia para
eleger seus valores, tomar posições e ampliar seu universo de conhecimento, o
professor deve ter discernimento para não transmitir seus valores, crenças e
opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas. O trabalho coletivo da
equipe escolar, definindo princípios educativos, em muito ajudará cada
professor em particular nessa tarefa.
Para tanto os trabalhos são planejados para
envolver todas as áreas de ensino, orientadores, coordenadores, auxiliares de
ensino, professores e os pais dos alunos, alguns professores assumem de forma
relativa a organização dos trabalhos, embora a responsabilidade seja de todos e
não apenas daquela equipe que está à frente do projeto.
É necessário então, que o educador e todos os
colaboradores tenham acesso à formação especifica para tratar de sexualidade
com crianças e jovens na escola, possibilitando a construção de uma postura
profissional e consciente no trato desse tema.
O professor deve então, entrar em contato com questões teóricas,
leituras e discussões sobre as temáticas especificas de sexualidade e suas
diferentes abordagens; preparar-se para a intervenção prática junto dos alunos
e ter acesso a um espaço grupal de supervisão dessa prática, o qual deve
ocorrer de forma continuada e sistemática, constituindo, portanto, um espaço de
reflexão sobre valores e preconceitos dos próprios educadores envolvidos no
trabalho de orientação sexual.
Geralmente, faz-se um planejamento das
atividades por série e por área de conhecimento, buscando atender às
necessidades da educação infantil e do ensino fundamental, então se torna
indispensável criar um espaço próprio dedicado em seu currículo para trabalhar
a sexualidade, todo a organização destes eventos passa por uma elaboração própria sob a
supervisão dos professores dos diferentes níveis de ensino.
A Unidade Integrada Cidade Olímpica em âmbito
municipal reflete as necessidades básicas do bairro; alunos doentes, sem
condições mínimas de saúde pessoal. Vários são os casos detectados na escola de
hanseníase, meningite, hepatite, dentre o mais comum a gravidez precoce e os
abortos.
Partindo dos pressupostos dos PCN’s,
formou-se uma comissão de professores no sentido de ministrar palestras
educativas sobre orientação sexual para os pais e responsáveis no sentido de
tirar dúvidas e esclarecimentos acerca do projeto a ser desenvolvido na escola.
Este trabalho teve embasamento teórico
advindo do Programa Federal Educação Sexual na Escola, em que a escola
participou e teve material adequado disponível para desenvolver o Projeto.
As reuniões referentes ao Projeto aconteciam
às quartas-feiras, na chamada formação continuada, nesse espaço eram debatidas
estratégias, conteúdos, competências e habilidades a serem desenvolvidas no
Projeto, que teve sua culminância no dia 1 de dezembro, Dia Mundial do Combate
a AIDS.
O quadro social da escola era de que todos os
anos, desde a fundação da escola em 1999, eram constatados cerca de 10 casos de
gravidez por ano, foi possível contar com a colaboração e compreensão de pais e
responsáveis para o desenvolvimento efetivo para o desenvolvimento do projeto
Sexualidade na Escola – promoção de estilo de vida saudável.
O projeto Sexualidade na Escola promoção de
estilo de vida saudável direcionou o seu trabalho para os temas: abuso sexual,
desmistificação de crenças populares, questão de gênero, planejamento familiar,
homossexualidade, métodos anticoncepcionais, AIDS, gravidez na adolescência e
aborto, DST’s e saúde reprodutiva.
A importância de tal projeto está na
contribuição do âmbito escolar que presta a sociedade e a comunidade referida.
Portanto, com a implementação de ação ativas a nível, municipal, tem-se a
ambição de tornar a escola um espaço em que tem por objetivo formar cidadãos
conscientes de sua sexualidade.
Considerações
Através deste projeto foi possível perceber o
universo dos conflitos presentes nas escolas e nos ambientes familiares desde o
início do século perpassando os meios midiáticos. Podemos observar que os
estudiosos de sexo/sexualidade e educação/orientação sexual são unânimes em
afirmar que a sexualidade poderá ser extremamente gratificante se a criança e o
adolescente tiver uma orientação bem direcionada que os levem a escolher bem
seus parceiros e souber tomar decisões e atitudes no momento certo, para não
ser surpreendido por problemas como gravidez indesejada ou por Doenças
Sexualmente Transmissíveis.
Um trabalho de orientação sexual sério
possibilita a explicação dos medos e a abordagem de diferentes mitos e
preconceitos culturais de forma segura. Segundo Moser (2002, p. 25) a primeira
grande lição que os pais devem dar a seus filhos, é revelarem uma vida sexual
equilibrada, de respeito mútuo, de ajuda e de renuncia. Esta é a grande lição
de vida, ou seja, os pais e os mestres precisam ajudar as crianças e os
adolescentes a se libertarem, a serem eles mesmos.
O educador deverá conhecer a si próprio, sua
própria sexualidade, para que possa de modo aberto desenvolver um trabalho onde
tenha condições de falar de sexualidade com clareza, sem reticências e sem
receios, antecipando informações que possam chegar deturpadas e sejam causa de
danos irreversíveis na vida dessas pessoas.
É necessário a conscientização da sociedade,
principalmente dos educadores, e de programas de formação docente responsável
por uma contribuição na implantação das propostas curriculares, diversificação
dos recursos necessários e desenvolvimento de projetos que priorizem os
conteúdos transversais.
Referências
Professora da educação básica no Maranhão e
professora bolsista do Parfor História (Programa de formação de professores da
educação básica) pela Universidade Federal do Maranhão. Possui graduação em
História e Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão (2007). Especialista
em Psicopedagogia pela Faculdade Internacional de Curitiba e Psicologia da
Educação pela Universidade Estadual do Maranhão Mestrado em Historia
Profissional pela Universidade Estadual do Maranhão e Doutoranda em Educação
pela Universidade Estadual do Ceará.
E-mail:napaularenaldo@gmail.com
Graduanda do Curso História Parfor (Programa
de formação de professores da educação básica)da Universidade Federal do
Maranhão e Professora da Unidade Escola Básica Emília de Araújo Melo em
2018-2019.
AQUINO, J. G. (Org.). Sexualidade na escola.
Alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
BARROSO, C.; BRUSCHINI, C. Sexo e juventude:
como discutir a sexualidade em casa e na escola. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1998.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual.
Brasília: MEC/SEF, 1997.
_______. Senado Federal. Lei nº. 9.394 de 20
de dezembro de 1996. Diário Oficial: Brasília, 23 de dezembro de 1996. p.
27833-41. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
FIGUEIRÓ, M. N. D. Educação Sexual: retomando
uma proposta, um desafio. Londrina: UEL,2001.
FOUCAULT, M. História da sexualidade: à
vontade de saber. Vol. I, 12a ed. Rio de
Janeiro: Graal, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia.
Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
GUIA DE ORIENTAÇÃO SEXUAL: diretrizes e
metodologia. 4a ed. São Paulo: Casa do psicólogo, 1994.
GUIMARÃES, I. Educação Sexual na escola: mito
e realidade. São Paulo: Mercado de Letras, 1995.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisas
sociais. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994.
LAPLANCHAHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário
da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
LIMA, H. O papel de cada um na orientação
sexual e os diferentes modelos de trabalhos. Disponível em:
<http://www.boasaude.com/lib/Shoudox.cfm?libDocId>
Acesso em: 30 mar. 2001.
NUNES, C. & SILVA, E. A educação sexual
da criança. Campinas: Autores Associados, 2000.
PINTO, H. D. de S. A individualidade
impedida: adolescência e sexualidade no espaço escolar. In: AQUINO, J. G.
(org.). Sexualidade na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo:
Summus, 1997.
PERES, C.Fala educadora & fala educador.
Secretaria de Educação de São Paulo: São Paulo, 2000.
RIBEIRO, M. Educação sexual: novas idéias,
novas conquistas. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1993.
RIBEIRO, P. R. M. Educação sexual além da
informação. São Paulo: EPU, 1990.
_______. Sexualidade e Educação: apontamentos
para uma reflexão. São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2002.
_______. Sexualidade e educação: aproximação
necessária. São Paulo: Arte e Ciência, 2004.
SAYÃO, Y. Orientação Sexual na escola: os
territórios possíveis e necessários. In: AQUINO, J. G.(Org.). Sexualidade na
escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
SAYÃO, R. Saber o sexo? Os problemas da
informação sexual e o papel da escola. In: AQUINO, J. G.(Org.). Sexualidade na
escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO LUIS
– SEMED. Proposta Curricular para o Ensino Fundamental. São Luis: SEMED, 2006.
SOUZA, P. N. P, de.; SILVA, E. B. da. Como
entender e explicar a nova LDB. São Paulo, Pioneira, 1997.
SUPLICY, M. Sexo se aprende na escola. São
Paulo: Olho d'Água, 1998.
__________. Educação e orientação sexual. In:
RIBEIRO, Novas idéias: novas conquistas. Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos, 1993.
__________.Conversando sobre sexo. 12 ed. Rio
de Janeiro: Vozes, 1994.
VITELLO, N. Sexualidade: quem educa o
educador. Um manual para jovens, pais e educadores. São Paulo: Iglu, 1997.
Olá, boa tarde!
ResponderExcluirEssa pesquisa é de EXTREMA importância, especialmente dentro do contexto em que vivemos atualmente, no qual a orientação sexual nas escolas é vista como uma área da educação abominável. Como adequar esse campo dentro de alguns colégios que seguem essa visão e que não dão espaço para que esse assunto seja devidamente discutido?
Isabela Nogueira da Silva Grossi
Ola Isabela
ExcluirObrigada pelo comentário
A sexualidade é parte singular de cada pessoa e faz parte da vida, desde a reprodução até o desejo. É preciso trabalhar transversalmente dentro do currículo escolar. Atualmente muitos adolescentes começam uma vida sexual muito cedo. Nesse sentido é de extrema importância que abordagem sobre Educação Sexual comece o mais breve possível, para que isso ocorra efetivamente é necessário que se trabalhe em coletividade: escola, professorres e família.
O diálogo é a ferramenta chave nesse processo, onde o professor precisa estar capacitado e desprendido de conceitos estabelecidos pela sociedade.
Ótimo texto e apesar da educação ser um tabu em vários lugares é sempre importante falar sobre isso ja que muitos casos de abusos são em crianças que não sabem o que está acontecendo e acha que outra pessoa mais velha acariciando ela é normal, então eu acho que a educação sexual deveria sim ser aplicada nas escolas desde o ensino básico mas também sei que é quase impossível um professor fazer isso sozinho sem o apoio da escola e dos pais.
ResponderExcluirAnna jullia Santana Marques Ferreira
Olá Ana Júlia,
ResponderExcluirObrigada pelo comentário
Isso mesmo.
A Sexualidade não está relacionada apenas com o corpo, mas com todo o ambiente social do individuo. Por esse é importante trabalhar esse aspecto a partir do ensino básico. Apesar de ainda existir um grande tabu a respeito dessa temática. Nesse sentido a participação da família é necessária e fundamental, pois a escola não consegue desenvolver esse processo sozinha e nem o professor consegue desenvolver seu trabalho. Lembrando que sexualidade não está relacionado apenas a sexo, mas principalmente aos papéis sociais pre-estabelecidas na sociedade.
Olá, Ana Paula e Eleidada Silva!
ResponderExcluirGostaria de lhes parabenizar pelo trabalho. Sua discussão é extremamente importante e a forma didática com que vocês abordam o tema contribui para um melhor entendimento. Gostaria de parabenizar, também, a Escola Unidade Integrada Cidade Olímpica pelo empenho em colocar em pauta questões de gênero e sexualidade.
Para além de todas as contribuições que vocês apontaram, friso que a discussão de gênero e sexualidade no espaço escolar é fundamental para a luta contra a LGBTfobia, violência que também é muito presente nas escolas, sobretudo devido se tratar de uma instituição que reflete diretamente regras sociais, conforme vocês apresentaram.
Apesar de haver um respaldo e regulamentação para que haja essas discussões no espaço escolar, percebo uma maior resistência para inserir a diversidade sexual, limitando-se a abordagem de outros temas (abuso sexual, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e outros) que também são de suma importância. Exemplo disso é a recente discussão no Brasil da chamada “ideologia de gênero”, um ataque direto a comunidade LGBTQI+.
Diante disso, gostaria de saber: Como se dá a abordagem da diversidade sexual através das ações na referida escola? Que metodologias vocês utilizam?
Bruno Silva de Oliveira
Obrigada Bruno pela pergunta! Infelizmente não leciono mais nessa escola, por questões de deslocamento. Na época essa iniciativa foi apoiada pela PLAN, que é uma ONG internacional e faz um trabalho diferencial apoiando e investindo em temas que ainda no Brasil são um tabu. Na escola que estou atualmente a iniciativa sobre direitos LGBTQI parte de forma isolada nas disciplinas de Arte e História, o Governo Estadual aqui do MA, apoia eventos e discussões sobre a temática através da secretaria de Direitos Humanos e o próprio Plano Estadual de Educação prevê produzir, adquirir e distribuir materiais didáticos e paradidáticos específicos e regionais, referentes à educação em direitos humanos, as relações de gênero, contemplando a educação para a diversidade sexual, acompanhando e o monitorando os planos de trabalho sobre asdiversidades e temas sociais propostos pelas equipes das Unidades Regionais de Educação(PNE 2014-2024).Porém encontramos resistências no interior das escolas e dos próprios professores, é fato! Acredito que os professores pela sua trajetória pessoal acabam não dando abertura para essas discussões que são latentes na escola básica! E para nos professores levantarmos essa bandeira temos que conhecer as Leis que amparam a diversidade e planejar um Projeto bem fundamentado ou as próprias aulas!
ExcluirCom o Governo conservador instalado dependemos das orientações dos estados aqui felizmente há o apoio por parte do estado o que já um importante começo!
Agradeço pela resposta. Fico contente em saber que o governo local tem apoiado a realização de atividades que abordem tais discussões, fico feliz, também, em saber da presença delas na referida escola, apesar de serem pontuais.
ExcluirApesar do respaldo e da regulamentação que você menciona no PNE 2014-2024, ainda não é o suficiente e não resolve minimamente a dimensão do problema que é se discutir tais questões no espaço escolar. Apesar disso, a seu estudo de caso é importante e mostra que estamos caminhando para que consigamos construir uma educação anti racista, machista, sexista e LGBTfobica.
Bruno Silva de Oliveira.
Olá, eu acho fundamental trazer esses assuntos para o ambiente escolar, onde grande parte dos alunos não tem nenhuma informação sobre a sexualidade de forma correta. você acha que os professores devem abordar o assunto do aborto com os alunos, mesmo que alguns pais desses alunos, não concordem com a discussão desse assunto por eles serem religiosos por exemplo e não concordarem com o aborto ?
ResponderExcluirArielen dos Santos Alves
Boa tarde Arielen! O professor deve conduzir o processo educativo dentro da legalidade que permeia a educação escolarizada! Trabalhamos com crianças e jovens e o aborto no Brasil é ilegal! O que podemos dentro de âmbito escolar orientar e com base nos temas transversais sobre orientação sexual é possibilitar no contexto da disciplina História é como ao longo da história esse procedimento ocorreu e suas consequências e a atualidade legal ! O professor como condutor do processo ensino aprendizagem deve possibilitar reflexões!
ResponderExcluirOlá Ana Paula e Eleidada Silva, quero primeiro deixar os parabéns pela escrita, pois trouxe a discussão sobre a temática de forma bem clara e didática. A nossa realidade esbarra em vários preconceitos, principalmente quando o tema é orientação escolar na escola. Dentro da perspectiva de estudo de vocês, como é possível levar essa discussão para sala de aula,sem que professores ou escola tenha que ouvir reclamação da família?
ResponderExcluirOlá Sônia
ExcluirTudo bem
Falar sobre sexualidade, antes de tudo, precisa ser um compromisso social e estar baseado nas leis como os temas transversais e no caso aqui no nosso estado o PNE (2014_2024) que prevê o respeito a diversidade dentro da escola básica !Nesse sentido não podemos fazer uma abordagem superficial do tema, é necessário que haja uma parceria entre família e escola. Isto possibilitará a uma melhora na relação entre educadores e pais e consequentemente uma construção conjunta de diálogo entre escola e familiares.
Professoras Ana Paula e Eleildada
ResponderExcluirParabenizo pelo brilhante texto aqui apresentado. A reflexão é importante para o atual contexto político em que certas camadas ditas famílias tradicionais estão construindo um discurso de preconceito e de mentiras sobre os conceitos de gênero. Neste contexto as escolas ou até mesmo os professores estão estigmatizados como influenciadores na questão de gênero, com argumentos fúteis e de mentiras como as Fakes por exemplo o chamado KIT GAY e que até mesmo dentro da escola alguns professores acreditam em tais mentiras. Para desconstruir esses argumentos e mentiras qual seria a o caminho para um diálogo mais sensato ? Qual caminho a ser tomado para desmistificar a educação sexual e a questão de gênero na escola e os estigmas contra os professores com relação a esta educação na Escola?
ELOIS ALEXANDRE DE PAULA
Olá Elois bom dia! Acredito que o caminho a ser tomado para desmistificar a educação sexual e a questão de gênero na escola seja a construção coletiva de um Projeto Pedagógico, o que muitas vezes infelizmente o gestor não sabe conduzir ou não tem formação para sua construção e alguns os professores tem uma concepção preconceituosa! Então o que fazer? Já que a escola vivência a diversidade de gênero? Fechar os olhos? Impor regras? Nos professores nos sentimos desamparados mesmo sabendo que tem as Leis que possibilitam esse debate, pois a cultura conservadora muitas vezes é maior e alguns professores levam para salas de aula posicionamentos pessoais e não éticos! Acredito que se nos professores tivermos uma fundamentação teórica, conhecer as Leis que amparam a discussão sobre questões de sexualidade e gênero, propor projetos que construa posicionamentos de respeito à diversidade de gênero e ter o apoio dos alunos, que na sua maioria são pessoas que respeitam a diversidade mais que muitas vezes necessitam ter consciência sobre determinações e posicionamentos políticos sobre o tema, o que não tem muitas vezes na família, podemos começar a pensar e construir um novo caminho para o que já existe na escola a diversidade de gênero!
ExcluirExcelente trabalho professores parabéns! Acredito que a educação é resposabilidade fundamental da família por outro lado,sabemos que muitas crianças e adolescentes atualmente não usufrui da boa estrutura familiar onde, dessa forma tem seu desenvolvimento prejudicado não somente sobre a sexualidade mas, sobretudo o caráter em formação. Diante disto o que fazer quanto a própria escola alimenta preconceitos contra a educação/orientação sexual como conteúdo escolar?
ResponderExcluirOlá Maria bom dia! Acredito que o caminho a ser trilhada esta assentada em uma consistente fundamentação teórica sobre o tema, conhecer as Leis que amparam a discussão sobre questões de sexualidade e gênero, propor projetos que construa posicionamentos de respeito à diversidade de gênero e ter o apoio dos alunos, que em sua maioria são pessoas que respeitam a diversidade mais que muitas vezes necessitam ter consciência sobre determinações e posicionamentos políticos sobre o tema, o que não tem muitas vezes na família, podemos começar a pensar e construir um novo caminho para o que já existe na escola a diversidade de gênero! Estar preparado formado para propor projetos sobre diversidade de gênero é um começo!
ExcluirAo que percebo, a educação sexual ao mesmo tempo que se faz importante também se faz em forma de desafio, pois há a necessidade de se trabalhar a cerca de sexo e sexualidade buscando esclarecer conceitos muitas vezes mencionados de forma errônea. Trabalhando sexualidade se faz possível promover no aluno um certo entendimento a respeito de sua própria identidade, além de promover o conhecimento a seus direitos e assegurar o respeito ao próximo. No entanto, trabalhar o tema na escola tem seus obstáculos, considerando que a educação na mesma não se faz num intramuros, da mesma forma que a escola influencia nas regras sociais, a família e a sociedade influenciam na vida escolar do aluno, que muitas vezes sente-se inseguro em tratar de assuntos com quem realmente poderia lhe passar informações seguras e coerentes, adquirindo então informações distorcidas por fontes quaisquer e levando-as para sua vida e para a sala de aula. Desmistificar e distorcer a ideia que muitos têm enquanto algo perverso, proibido e de grande pecado e tratar do tema enquanto algo sério, do ser humano e que exige conhecimento e respeito a si e aos outros pode ser trabalhoso e não se faz unica e exclusivamente pela instituição educacional, mas necessita de uma colaboração familiar. Dessa forma, qual seria a melhor forma de trazer a família para o trabalho com o tema, visando sua contribuição para se abordar e trabalhar questões referentes ao mesmo de modo que o aluno tenha um bom aproveitamento quanto ao conhecimento e venha a se sentir seguro para dialogar e esclarecer dúvidas? É possível que família e escola venham a trabalhar sobre o assunto de forma paralela?
ResponderExcluirLUANA KULICZ
Oi Luana obrigada pela pergunta! Pela experiência que tenho na educação básica alguns professores já trabalham temas sobre gênero e orientaçao sexual abordando o conteúdo exigido pelo currículo o que suncinta discussões pertinentes ao tema ! É possível que escola e família trabalhem juntos por meio.de Projetos bem fundamentados teoricamente e que proponham principalmente o respeito e a construção do mesmo em meio a tanta tipo de violencia quer física e emocional.
ExcluirParabéns pela produção.
ResponderExcluirA transmissão de informações válidas é sempre importante, ainda mais nessa sociedade atual, na qual o preconceito aumenta a cada dia, pelo falta de conhecimento sobre determinados assuntos. Muitas famílias acreditam que abordar temáticas como sexualidade, sexo e orientação sexual nas escolas podem influenciar seus filhos ao que eles consideram como "erro" . Para vocês, se fosse aprovado uma lei que obrigasse as escolas e todo o corpo docente a trabalhar essas questões de gênero, qual seria um dos maiores desafios para a aplicação da mesma? A aceitação dos pais poderia ser incluída como desafio?
Dorilene Vieira dos Santos.
Oi Dorilene agradecemos pela pergunta ! De fato de s já existem sobre a temática os PCNs como temas transversais e o próprio Plano Estadual de Educação aqui no estado do MA.A aceitação dos pais é algo que deve ser trabalhado com sensibilização e projetos que demonstre a violência sobre mulheres e LGBTS e seja construído por meio do respeito e compreensão da diversidade em que nossa sociedade esta assentada!
ResponderExcluirOla, boa noite. primeiramente quero parabenizar pelo ótimo material.
ResponderExcluirSexualidade é um tema que se deve ser discutido pela família
e dentro da escola. Ainda na transição de segunda infância para adolescência é de suma importância entender como o corpo funciona, entender a própria sexualidade. Ainda auxiliando no processo de identificação de possíveis abusos.
O tema também tem importância na identificação de orientação e identificação de gênero.
Recentemente tivemos algumas fake news sobre a discussão da sexualidade na escola, que alguns ainda acham que é sobre ensinar os teus filhos a fazerem sexo. De certa forma não acredito que estejam errados, estão errados no contexto ao qual se referem. O que se é feito é ensinar como se deve fazer sexo seguro, saudável e responsável. Dentro dessa temática. deixando o tabu que pais nao falam sobre sexo com os filhos. Qual o papel dos pais para auxiliarem a escola, e como apoiarem de forma direta dentro desses assuntos com os próprios filhos?
Ana Paula Gonçalves Rodrigues
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá Ana Paula
ExcluirObrigada pelo comentário é pela pergunta.
Abordagem do tema educação sexual vai além de conceitos, pressupõe falar de afetividade bem estar. O ideal é que pais sejam presentes no ambiente escolar e que haja troca de conhecimento e experiência entre ambos. O papel dos pais sem instaurar um vínculo de confiança e diálogo com seus filhos, fazendo uma ponte entre educadores, crianças e adolescentes. O diálogo entre pais e filhos em dispensável, tratando a sexualidade com sentimentos positivos e respeito.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa noite, Ana Paula e Eleildada.
ResponderExcluirO seu tema abordado é de extrema importância, e necessariamente precisa ser inserido em sala de aula. Mas durante a minha vivência enquanto professor, percebo, muitas vezes a imaturidade dos alunos para se tratar sobre o tema, e por outras vezes, percebo um tabu religioso por parte dos alunos e alunas para tratar sobre o tema, e acredito que este seja um tema muito importante para ser retratado durante as aulas de história, e desta maneira lhe questiono de qual outra maneira observas que o ensino sobre o tema abordado pode ser incluido no currículo de História do Ensino Fundamental?
Aguardo seu retono.
Atenciosamente,
Felipe Severo Sabedra Sousa
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá Felipe
ExcluirAbordar sobre sexualidade não é fácil, principalmente com alunos do Ensino Fundamental II, precisa ser trabalhado com naturalidade nas aulas, como também em projetos, no qual toda a escola possa participar é importante que a família esteja inserida nesse processo esclarecendo sobre necessidade do adolescente de conhecer como pessoa e como cidadão. A transversalidade com o ensino de História permitirá ao educando uma evolução do cognitivo e do emocional. Pois o ensino de História vai além de formar consciência crítica, ele busca dar autonomia ao educando. Respeitando seus limites e os do próximo.
SE A SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA É VISTA COMO INDESEJAVEL TANTO PARA ESCOLA COMO OS PAIS, O QUE DEVERIAMOS FAZER PARA SE TORNAR DESEJAVEL?
ResponderExcluirHEINZ DITMAR NYLAND
Oi Heinz !Agradecemos a pergunta.Muitas vezes a sexualidade é indesejável por que foi construída ao moldes de uma determinada época histórica e ainda hoje influencia a cultura da sociedade!Acredito que torna la desejável ou melhor vista como relevante na sociedade haja vista seus desdobramentos em pontos negativos como violências gravidez indesejável ou preconceito pode ser um inicio de um caminho desejável de escuta!
ExcluirCOMO COLOCAR ESSE ASSUNTO PARA DENTRO DA ESCOLA JÁ QUE O TEMA NÃO É DEBATIDO?
ResponderExcluirHEINZ DITMAR NYLAND
Oi Heinz o assunto já esta na escola há bastante tempo só que não é debatido de forma responsável e sim com preconceitos na maioria das vezes reverberando em gravidez precoce estupro violência de gênero o que é ausente é a discussão responsável planejada e o apoio concreto dos órgãos responsáveis na prática colaborarem com iniciativas no interior da escola!
ExcluirÓtimo texto, e a iniciativa tomada para a discussão da orientação sexual dentro das escolas é de suma importância. Entretanto, existem alguns pontos ao qual deve ser discutido; quando falamos sobre identidade sexual, reverbamos uma identificação sexual através das genitálias, ou seja, um homem com pênis e uma mulher com uma vagina. Tratar de orientação sexual é uma discussão para a compreensão e entendimento de seu corpo e de métodos de prevenção de doenças, essa mesma discussão deve ser pautada em uma discussão social. Como me referia sobre Identidade sexual, é uma objeção do corpo definir ou nomear uma sexualidade por conta de sua genitália. Um exemplo claro que pode ser citado é na sigla LGBTQI+ ao qual o "Q" faz referência a Queer, que boa se identifica com nenhum rótulo pré - estabelecido, e também o "I" de Interssexual termo esse conhecido antes por "Hermafrodita". Tratar de orientação sexual e defini-la unicamente sobre a genitália é uma objeção do corpo. De fato, uma discussão sobre orientação sexual é algo que devemos trazer a nossa realidade e nosso cotidiano, mas não podemos esquecer que existe uma comunidade que luta por seus direitos e liberdades. Com isso, devo salientar que uma discussão mais profunda sobre orientação sexual deveria ser mais difundido acerca de um conhecimento pessoal sobre sexo, mas também um entendimento físico - biológico para não se tratar unicamente de genitália que define homem e mulher, pois existe um grupo social que não se encaixa nesses parâmetros. Dito isso, qual sua opinião em relação a uma discussão mais densa e sistemática nas escolas sobre orientação sexual e o papel social em relação a comunidade LGBTQIA+ e de grupos que não estão "inseridos" nesse rótulo de genitália?
ResponderExcluir-PedroLucas Lira Pereira
Ótimo tema e importantíssima abordagem, caras colegas! Como fazer as abordagens necessárias com os alunos (tanto em relação aos comportamentos percebidos nos alunos quanto com questionamentos vindos dos mesmos), quando muitas vezes o professor não tem suporte/apoio da instituição e da família? Sabendo que não podemos ignorar ou mascarar atitudes e dúvidas vindas dos pequenos, como intervir nessas condições?
ResponderExcluirOlá jennifer
ExcluirO professor precisa conquistar a confiança de seu aluno. Buscar embasamento científico sobre a temática e se desprender de seus próprios preconceitos. Só assim ele poderá de fato direcionar o seu aluno no processo de desenvolvimento individual e coletivo sobre sexualidade.
Olá Ana Paula e Eleildada.
ResponderExcluirA educação sexual nas escolas é de suma importância principalmente nos anos iniciais, porque a informação sobre seu corpo e a diferença entre o carinho e o abuso é o primeiro passo para se combater a pedofilia. Sabemos que muitos políticos e religiosos dizem que a educação sexual é papel da família educar, mas esse argumento se torna invalido quando vemos as estatísticas que mostram que mais de 70% dos casos de pedofilia são praticados pelos próprios membros da família. Vocês acham que se a educação sexual fosse uma disciplina obrigatória nas escolas as nossas crianças estariam mais informadas sobre o assunto e consequentemente teriam mais coragem de denunciar seus abusadores?
Vanessa Rodrigues
Historia - UFMS/CPNA
Olá Vanessa! Infelizmente a prática de pedofilia como vc ressaltou é alta 70% dos casos de pedofilia são praticados pelos próprios membros da família;As leis são necessárias para legitimar e dar segurança legal aos professores que são os que passam a maior parte do tempo com as crianças e jovens, as leis para serem implementadas dependem de projetos bem planejados teoricamente e de forma coletiva.Temos os temas transversais dos PCNs que se bem planejados pode ser um ponto inicial para tal questão!Com certeza a obrigatoriedade de uma lei nesse sentido seria imprescindível diante da estatística apresentada.
ExcluirParabenizo as autoras pelo texto e coloco aqui algumas inquietações referentes ao assunto.
ResponderExcluirRecentemente passamos pelo dia de prevenção e combate ao abuso e violência sexual de crianças e adolescentes e sabemos da importância da temática abordada aqui para a prevenção deste crime.
Em tempos de conservadorismo político e religioso como lutar pelo direito de abordar no ambiente escolar o tema da educação sexual sem infringir o direito familiar, valores e crenças?
Desde já agradeço.
THARINE SOARES BRAGA
Olá Tharine grata pergunta! De fato os direitos da família valores e crenças devem ser respeitados e a escola por meio de um projeto coletivo que pontue sobre dados quantitativos sobre questões de violência e tendo um posicionamento bem fundamentado pode ser um começo.
ResponderExcluirOlá, como apontado por muitos comentários em como o tema abordado é de muita importância, mas é sempre bom ressaltar, inclusive como o texto é bem sucinto e de fácil compreensão, parabéns, achei incrível. O Brasil é o país que mais mata transsexuais no mundo (e o que também mais consome pornografia do mesmo), com uma alta taxa de gravidez precoce nos bairros periféricos, a LGBTfobia é enorme, tanto nas escolas, quanto na sociedade. Visto são de suma importância e extrema necessidade, por qual motivo ainda não consegue se implementar se forma efetiva esse tema nas escolas?
ResponderExcluirLucas Tavares Teixeira
Olá Lucas
ResponderExcluirA temática sexualidade é um tabu e pressupõe no Imaginário humano falar sobre o ato sexual. Mas, educação sexual vai além de entender conceitos históricos e políticos. Visa principalmente respeito e a promoção de saúde. O principal motivo de não se trabalhar efetivamente nas escolas é a falta de diálogo entre família e escola. A falta de formação do docente sobre o assunto é outro obstáculo. Muitos professores não estão preparados para falar sobre a temática.