Marta Gleiciane R. Pinheiro e Jakson dos Santos Ribeiro


AS REVISTAS DE MODA COMO FONTE HISTÓRICA: ESTUDANDO A MODA MASCULINA NA PRIMEIRA REPÚBLICA NA PRINCESA DO SERTÃO




O presente texto aborda o uso das revistas de moda em sala de aula, como fonte histórica.  Focando dentro dessa dimensão a questões das perspectivas de masculinidades durante a Primeira República, na cidade de Caxias/MA. No estudo das masculinidades elegantes na Princesa do Sertão, explicitando o progresso que se deu o estudo sobre a moda, ajudando na contextualização do assunto, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e na dinamização da aula.

Apesar de a moda segundo alguns estudiosos ser algo frívolo, desmerecedora de estudo cientifico, Lipovetsky (1989) traz a percepção de que através da moda podia-se estudar aspectos da sociedade, pois apesar das maneiras distintas, esse fenômeno atingia todas as camadas sociais.

As roupas, tal como as demais fontes históricas, nos contam histórias, nos revelam costumes, práticas e histórias de vida, possibilitando-nos de chegar não só a conhecer uma época estabelecida como também a desvendar as práticas culturais de um determinado grupo social, de modo específico dos homens republicanos, no entanto ter a roupa fisicamente é um trabalho árduo, restando-nos as fotografias e desenhos das mesmas nas Revistas de Moda, visto que esses periódicos são fontes e consequentemente passam a ser uma espécie de documento, uma vez que documento é tudo aquilo que registra e apresenta informações ao pesquisador sobre o objeto estudado seja qual for o estado físico em que se encontra, tal concepção foi estabelecida com o surgimento da Escola dos Annalles, a proposta da supracitada era trazer para a História novas abordagens, alargando o campo objetal de estudo para os pesquisadores, da mesma forma que suas fontes.

As entrelinhas das revistas
Partindo destes pressupostos, pode-se perceber que o uso das revistas de moda na sala de aula, além de aprimorar o conhecimento sobre o referente assunto, faz um conectivo da História local com o cotidiano dos educandos.

Assim, explicitando a relação entre passado e presente, tornando auxílio do livro didático, Schmidt (2002) afirma que:

“A aula de História é o momento em que, ciente do conhecimento que possui, o professor pode oferecer a seu aluno a apropriação do conhecimento histórico existente, através de um esforço e de uma atividade com a qual ele edificou esse conhecimento. [...] A sala de aula não é apenas um espaço onde se transmite informações, mas onde uma relação de interlocutores constrói sentidos. Trata-se de um espetáculo impregnado de tensões em que se torna inseparável o significado da relação teoria e prática, ensino e pesquisa.” [SCHMIDT, 2002, pag.57].

A afirmação da autora salienta a importância da utilização de “novas” abordagens no ensino, mostrando que a História não está distante e assim despertar nos alunos a vontade de conhecer a historicidade do local, comunidade e ou cidade, além do entendimento da conjuntura que o espaço estudado estava vivenciando e como essas vivências estavam relacionadas com o cenário nacional.

Na Princesa do Sertão (Caxias/MA), por exemplo, a propagação da moda estava relacionada com a modernização da cidade e a instalação das fábricas e principalmente da indústria têxtil, fato notório pela ampliação dos serviços das alfaiatarias e alfaiates da cidade, evidente em um anuncio do jornal caxeiro ( Janeiro, 1916),  Com os ares da modernidade houve um desenvolvimento da imprensa tanto caxiense como maranhense, além de uma grande intensidade de publicações nos jornais enaltecendo a cidade, e os homens elegantes, dotados de poder e racionalidade, como é perceptível na Revista Elegante e do Norte. Assim sendo, as revistas se tornaram fontes históricas essenciais, uma vez que possibilitam o estudo da história por meio das informações presentes nas supracitadas.

O uso das revistas de moda na sala de aula é uma nova perspectiva no ensino de História, possibilitando uma nova abordagem no ensino-aprendizagem, como também mostrando a eles a importância dos documentos, e como as revistas são de fácil acesso, disponibilizadas em sites como o da Biblioteca Benedito Leite, além disso, a utilização da tecnologia no ensino, facilita a consulta das mesmas tanto pelos alunos como pelos professores. No entanto segundo Gugelmin:

 “[...] o professor deverá conduzir o estudo em sala de aula mostrando aos alunos que não é porque foi publicada, que determinada imagem ou situação é um retrato da sociedade daquele período, pois muitas vezes o que se edita tenta transmitir um modelo de família, de ser humano, de trabalhador para ser seguido pelo seu leitor, mas que nem sempre condiz como realmente a sociedade agia ou como toda a sociedade vivia”. [GUGELMIN, 2016, p.28]

As revistas e os jornais foram os principais meios de divulgação dos discursos fantasiosos que determinavam um modelo de masculinidade, generalizando a imagem de um homem estilizado, como a afirma (Ribeiro, 2018):

“Os caxiense não ficavam distantes das novidades sobre o mundo da alfaiataria, visto o movimento dos comerciantes em buscar trazer o que consideravam, naquele contexto, como a última novidade da moda” [RIBEIRO, 2018, p.108]

As revistas circulavam com maior intensidade na Capital maranhense, mas circulavam nas cidades pequenas por meio dos periódicos, eles difundiam os acessórios e peças de roupa de ultima tendência para o público masculino, exaltavam o perfil de homem ideal e elegante da época.

Explorando as revistas
A escolha das revistas trabalhadas no texto se deu pela sua popularidade no período da Primeira Republica e por apresentarem conteúdo de moda para o público masculino.

A revista Elegante nos seus primórdios era publicada quinzenalmente, e na posteriori, mensalmente, sob gerencia dos irmãos Teixeira. A Revista Elegante encontrada no acervo digital é dividida em pastas numéricas com uma determinada quantidade de revistas em cada pasta, por exemplo, o primeiro arquivo é de número 003 ao 036, e assim sucessivamente até chegar o último arquivo com o número 075 ao 110, no decorrer da analise percebeu-se que o periódico em estudo possuía um padrão de publicação, cada editorial continha o máximo de 4 folhas, tendo os anos de circulação entre 1892 a 1906.

Outro periódico importante para a fixação do estereótipo de homem ideal, é a Revista do Norte a qual era publicada quinzenalmente no Maranhão entre os anos de 1901 e 1906, os organizadores eram Alfredo Teixeira e Antônio Lobo, Assim como a Revista Elegante, no site é dividida em pastas, a primeira é do número 01 a 24 e a última dos números 73 ao 87.

Nas publicações da revista e principalmente na sua capa sempre se apresentava a figura de algum homem influente, na primeira edição contém a imagem de Campos Salles, o então presidente do país. Nas publicações seguintes, durante a pesquisa identificamos que cada edição a revista trazia um governador de um estado brasileiro, respectivamente, Maranhão, Pará, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Norte e Pernambuco, todos apresentando vestimenta de acordo com os padrões vigentes da sociedade, todos com paletó, cabelo bem penteando, barba bem feita.

A partir da publicação de nº 9, tem-se o início de uma série de representações de acadêmicos brasileiros, o primeiro a ser homenageado foi Machado de Assis, após a esta,temos Olavo Bilac, Luiz Murat, entre outros.

Nesse período a região se encontrava com outra revista que continha certa influência sobre os homens, a Revista Maranhense, o folhetim não era exatamente uma revista de moda assim como a Elegante, no entanto, ela exaltava os grandes homens, prestava-lhes homenagens de aniversário, quando passavam por alguma cidade do Maranhão, quando ocorria a posse de algum cargo importante e quando faleciam, durante a análise quase não se encontrou anúncios de roupas ou algo similar, percebemos apenas uns poucos anúncios sobre algumas alfaiatarias.

Em quase todas as publicações tinham-se algum homem elegante. Tal qual a Revista do Norte, trazia figuras masculinas como: Dr. Herculano Parga, Dr. Luiz Domingues,Lauro Sodré, Gonçalves Dias, Dr. Clodomir Cardoso, Vespasiano Ramos, entre outros.

Nessas revistas eram encontrados diversos anúncios de roupas e adereços como chapéus, paletós, cintos, bengalas, tecidos e até mesmo máquina de barbear. Os mesmos cada vez mais elaborados devido a transição para uma sociedade consumista, essas revistas acabaram servindo como manuais de como vestir-se e os acessórios que deveriam compor o look para os homens dos segmentos abastardados da sociedade.

Os jornais e, principalmente, as Revistas de moda retratavam a Princesa do Sertão em seus ares da modernidade e progressos, refletindo o esplendor da temporalidade estudada, e a imagem projetada para representar esses acontecimentos na cidade foram os homens dos segmentos abastados. Os periódicos homenageavam os homens que prestavam serviços a sociedade caxiense, trazendo notoriedade para esses indivíduos, além de que a roupa exibia seu poder aquisitivo, como era recorrente na Revista Maranhense, que trazia “grandes homens” em suas paginas, por exemplo, governadores, médicos, comerciantes e demais personalidades influentes, ela exaltava-os, prestava-lhes homenagens de aniversário, quando passavam por alguma cidade do Maranhão ou quando ocorria a posse de algum cargo importante e quando faleciam.

Os dados encontrados nas revistas levam a pensar que os anúncios e produtos contidos nos periódicos eram destinados exclusivamente para o público masculino, buscando mostrar a relação entre a masculinidade e a moda, e consequentemente ao mundo da costura.

Os produtos que eram anunciados estavam de acordo com o padrão de vestir-se da elite burguesa caxiense da época republicana, a padronização das vestimentas assim como a busca por uma masculinidade hegemônica estava de acordo com o lema republicano “Ordem e progresso”, e também pelo fato de sentir-se moderna para acompanhar o momento fabril da cidade.

Em decorrência disso ao adquirir uma peça de roupa, o homem recorria as revista de moda ou aos jornais que traziam anúncios similares ou idênticos. A revista elegante de modo geral foi uma forte influência na formação e difusão na mentalidade dos indivíduos do que seria o homem ideal através das suas vestes e acessórios, como aborda Lipovetsky:

“Da mesma maneira que a moda não pode ser separada da estetização da pessoa, a publicidade funciona como cosmético da comunicação. Da mesma maneira que a moda, a publicidade se dirige principalmente ao olho, é promessa de beleza, sedução das aparências, ambiência idealizada antes de ser informação. Toma lugar no processo de estetização e de decoração generalizada da vida cotidiana, paralelamente ao design industrial, à renovação dos bairros antigos. Por toda parte se expandem a maquiagem do real, o valor acrescentando estilo de moda”. [ LIPOVETSKY 1989, p. 189].
Algumas abordagens
Através das revistas de moda o professor pode trabalhar o gênero por meio da moda, pois segundo Schpun:

“Em todos os critérios de beleza assinalados, os signos de classe e de distinção são determinantes. A moda também tem o seu papel nesse jogo: desde a escolha dos trajes até a maneira de usá-los, de combiná-los, de realçá-los de adaptá-los e de mostrar-se através deles, toda a arte do parecer desenvolve-se e os detalhes distintivos ganham enorme importância”. [SCHPUN, 1999, p.126].

No caso do presente texto trata-se da construção de um modelo ideal de homem por meio das revistas de moda, tendo grande difusão da mesma do que era ser um homem viril e elegante.

Assim, ainda segundo Schpun:

 “Os homens também devem exprimir sua masculinidade através da vestimenta. Ensina-se aos meninos a representar sua identidade sexual, entre outras coisas, pela escolha que eles fazem dos trajes, pelo porte das roupas [...]” [SCHPUN, 1999, p.126].

No entanto tal pensamento pode ser empregado na perspectiva da moda feminina, tendo em vista que a moda não está restrita apenas a um gênero ou a outro, pode-se abordar também as mudanças ocorridas com a modernidade, pois foram adotados novos costumes pela população para assim adequar-se à urbanização em que se encontrava a cidade, fazer o mapeamento dos trajes mais famosos daquela época, quais as pessoas que o utilizavam e a partir disso demonstrar as principais classes sociais caxienses, ficando evidente que além da moda masculina, podemos perceber aspectos econômicos, políticos e principalmente culturais, devido as mesmas tratarem dos assuntos citados mesmo que de forma surpeficial.

A utilização das Revistas de Moda em sala de aula abriu um leque de possibilidades de uso para o ensino, segundo Cunha:

“Manusear periódicos traz benefícios para a produção historiográfica, pois estes, enquanto objetos de estudo, são instrumentos de intervenção social e manipulação em prol de diversos interesses, e essas intenções precisam ser identificadas” [CUNHA, 2017, p.06].

Por tanto, a partir desse trecho identifica-se atribuições cruciais para por em prática, o papel do professor será incentivar o senso critico dos alunos, alem disso, aproximá-los a fontes os incentiva um estudo sobre a importância das mesmas.

Considerações finais
A História positivista tida como tradicional e oficial é posta em “xeque” a partir do advento da Escola dos Annales ampliando as possibilidades e abordagens em relação as fontes e a escrita Histórica, assim como os agentes históricos.

Levando-se em consideração esses aspectos percebemos que o emprego de periódicos em sala de aula é algo recente e ainda não consolidado, tendo em vista que o aparato necessário para a utilização dos mesmos é precário no que diz respeito a estrutura física e acadêmica, mas essas novas metodologias estão cada mais presentes, pois, no âmbito acadêmico existe uma forte preocupação e incentivo aos professores em formação para que estejam alinhados com os movimentos e novas metodologias, “inovando” o ensino e suscitando nos alunos o interesse pelos conteúdos de História, rompendo com a perspectiva de que a matéria está distante do cotidiano dos educandos.

No que se refere a construção de uma masculinidade ideal durante a Primeira Republica em Caxias- MA através da moda, as Revistas de moda foram de fundamental importância para o estudo, as mesmas exerciam uma forte influência na formação e difusão na mentalidade dos indivíduos do que seria o homem ideal através das suas vestes e acessórios, os periódicos em questão eram principais meios de comunicação do período, tornando-se fontes primárias para o desenvolvimento da temática.

Como discorrido anteriormente as Revistas de moda podem ser utilizadas em uma variedade de assuntos, fazendo-se um recurso didático proveitoso para os docentes, contribuindo para a dinamização da aula, aguçar a criticidade dos alunos e a criatividade além de ser uma atividade de interpretação, dado que os periódicos em questão continham uma variedade de discursos, sem deixar de lado da didática, adaptando essas fontes para o perfil de alunos de cada turma, assim como para o ambiente em que a escola está localizada e a própria estrutura e o corpo docente.

Referências
Marta Gleiciane Rodrigues Pinheiro é graduanda em Licenciatura Plena em História, pelo Centro de Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão-CESC/UEMA. Membro do Grupo de Estudos de Gêneros do Maranhão- GRUGEM/UEMA e Grupo de Teatro do Centro de Estudos Superiores de Caxias – CESC – Campus /UEMA.
Jakson dos Santos Ribeiro - Professor Adjunto I, Doutor em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará (2018). Mestre em História Social pela Universidade Federal do Maranhão (2014). Especialista em História do Maranhão pelo IESF (Instituto de Ensino Superior Franciscano) (2011). Graduado no Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual do Maranhão (Centro de Estudos Superiores de Caxias-MA) (2011). Coordenador do Grupo de Estudos de Gêneros do Maranhão- GRUGEM/UEMA Coordenador do Laboratório de Teatro do Centro de Estudos Superiores de Caxias – CESC – Campus /UEMA.

CUNHA, Manoel Afonso Ferreira. Os jornais e o ensino de história no maranhão: os periódicos como ferramenta pedagógica. p. 06 Disponível em: Artigo-colet%C3%A2nea-educa%C3%A7%C3%A3o-2017-MANOEL-AFONSO.pdf. Acesso em 30 de Marcço de 2020.
GUGELMIN, Andrea. A história em páginas envelhecidas: o uso de revistas antigas em sala de aula. 2016. 128 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Paraná, Paraná, 2016. p.28.
LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. P. 189.
RIBEIRO, Jakson dos Santos. Filhos da princesa do sertão: representações da masculinidade na imprensa em Caxias/Ma durante a Primeira Republica, (Tese) Universidade Estadual do Pará, Belém, 2018.
SCHMIDT, M. A. A. A formação do professor de história e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, C. O saber histórico na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 2002.
SCHPUN, Mônica Raisa. Beleza em jogo: cultura física e comportamento em São Paulo nos anos 20 São Paulo: Boitempo Editorial/Editora SENAC, 1999. P.126.

10 comentários:

  1. De acordo com o texto as Revistas de moda além do estudo de gênero são uma fonte pra aproximar os alunos da história local, como seria possível a utilização das mesmas em sala sala de aula?

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  2. João Vitor Ramos da Silva18 de maio de 2020 às 16:47

    De acordo com o texto as Revistas de moda além do estudo de gênero são uma fonte pra aproximar os alunos da história local, como seria possível a utilização das mesmas em sala sala de aula?

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    1. As Revistas e/ou jornais que retratavam a moda, como foram trabalhados no decorrer do texto, além da perspectiva do gênero, pode-se perceber nas entrelinhas aspectos culturais, políticos e econômicos da cidade, assim sendo dependendo do assunto trabalhado em sala o professor terá possibilidades distintas de uso, mas ao tratar-se aqui especificamente de gênero o professor pode levar as fontes em questão pra discussão entre os alunos sobre as principais personalidades que eram retratadas nesses periódicos, analisando algumas edições indagar os educandos se durante essas publicações houve mudança no modelo masculino apresentado, e então iniciar propor um debate entre os próprios sobre o que eles pensam por " o que é ser homem" e a partir disso explicar os conceitos de Masculinidade, podendo também realizar dinâmicas como um desfile e/ou exposição das principais peças de roupas utilizadas no recorte de tempo estabelecido.

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  3. Boa noite!
    Gostaria que vocês explicassem como a modernidade interfiriu na construção do que era moda no período?
    Lais Isabelle Rocha de Souza

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    1. Olá Laís, Boa tarde!
      A modernidade na cidade de Caxias causou impactos importantes como a busca da construção de uma cidade urbanizada em todos os seus aspectos, principalmente devido a instalação da fábrica têxtil na cidade, a implantação de ferrovias,bem como do telégrafo, assim sendo exigindo um comportamento dos cidadãos de acordo com o momento que se iniciava (especificamente na vestimenta), o período "ditou" o que era moda pois devido a essas exigências a população (elite caxiense) buscou um modelo de vestir-se baseado nos modelos usados no exterior, criando assim um discurso imagético sobre tal situação, causando a legitimidade dessas roupas. Essas vestimentas proporcionava tanto para os homens como para as mulheres novas formas de apresentar-se visualmente bem perante a sociedade e a adequação a vida moderna.

      Espero ter respondido sua pergunta.

      Obrigada pela leitura

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá, Marta e Jackson!

    Parabéns pela pesquisa e pela proposta!
    O uso de fontes em aulas de história é fundamental para o ensino/aprendizagem. Devido a riqueza da fonte,senti falta das imagens, sei que o espaço para o texto é restrito. Gostaria de saber se em outro textos vocês pretendem utilizar imagens?
    Também sugiro como bibliografia a obra: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História da Virilidade – A virilidade em crise? Séculos XX-XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, p. 239-268, 2013.
    É uma obra importante para pensar essas imagens masculinas.

    Obrigada!

    Andréa Mazurok Schactae

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    1. Olá Andréa!

      Muitíssimo obrigada pela leitura.
      As Revistas assim como os jornais são fontes riquíssimas, principalmente para o estudo da história local. Optamos por não usarmos imagens devido a limitação do espaço, mas usamos imagens em outros textos produzidos.
      Agradeço a indicação de leitura!

      Marta Gleiciane Rodrigues Pinheiro

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