EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: UM DEBATE A PARTIR DOS ESTUDOS DE GÊNERO
Notas
Preliminares
Ana Maria Colling e Losandro Tedeschi (2015) ao
refletirem sobre entre o ensino de história e as questões de gênero na historiografia
brasileira mapeiam como, em diferentes tempos e sociedades, as mulheres e
populações LGBTs foram deixadas à margem do olhar de historiadores. Ao dialogar
com os textos de Joan Scott (1990), Colling e Tedeschi (2015) traçam conceitos
gerais ao que compreendem como Estudos de Gênero:
“Gênero tem sido o termo utilizado para
teorizar a diferença sexual, questionando os papéis sociais destinados às
mulheres e aos homens. A categoria de gênero não se constitui numa diferença
universal, mas permite entender a construção e a organização social da
diferença sexual. A história das mulheres e a história de gênero estão
interligadas, sendo que o gênero se situa no campo relacional, porque só se
concebe mulheres se elas forem definidas em relação aos homens” (Colling;
Tedeschi, 2015, p 299).
Nesse sentido, pode-se afirmar que, o espaço
escolar, como instituição social, é também marcado por relações de poder que
podem gerar ou perpetuar desigualdades de gênero. Sendo assim, se a escola e até mesmo o ensino da história têm sido historicamente um
lugar de demarcação sexual de ocultação das diferenças é necessário
problematiza-los e inserir nas práticas de ensino estratégias capazes de
articular história estudos de gênero e equidade sexual.
Cláudia Vianna e Sandra Unbehaum (2016)
procuram traçar um breve panorama do processo de inserção do gênero nas
políticas educacionais brasileiras. Nesse percurso, as autoras encontram as pesquisas
de Yara Sayão (1997) que afirma que já na década de 1920 havia registros de
propostas de inclusão de educação sexual nas escolas públicas, e mesmo durante
o período de ditadura militar existiram propostas de implantação de educação
sexual obrigatória nas escolas, mas que foram arquivadas.
Já no fim do século XX, com o fortalecimento
dos movimentos feministas, o surgimento da AIDS nos anos de 1980, a
intensificação de vários meios de comunicação que, em alguma medida,
estimulavam o debate sobre direitos sexuais e reprodutivos, bem como o
fortalecimento do movimento de gays, lésbicas e população Trans, a escola foi
também se abrindo de maneira mais constante e rápida para as temáticas de
gênero.
Nesse novo contexto, foram lançados em 1997 os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), pelo Ministério da Educação. Os PCNs acabaram por
introduzir de maneira oficial no currículo de todas as escolas brasileiras a
educação sexual e, com ela, em algum grau o debate sobre gênero e diversidade.
Depois disso, já no início do século XXI e
com governos ditos progressistas, tivemos outras legislações e incentivos aos
Estudos de Gênero. A própria “Lei Maria da Penha”, sancionada em 2006, prevê em
um de seus artigos a obrigação de escolas e outras instituições de ensino em
trabalhar com a igualdade de gênero para combater a violência contra mulheres.
Contudo, o caminho que já parecia trilhado
sofreu forte revés. Começaram a surgir uma série de ataques aos Estudos de
Gênero e em especial seu debate nas escolas e universidades. Problematizar essa
questão e apresentar uma possibilidade de estratégia para burlar o isolamento
das pesquisas universitárias e comunicar-se efetivamente com a sociedade em
geral é o objetivo central desse texto.
Relatando
uma dor
21 de novembro de 2017. Liguei o computador
em busca de notícias sobre a política
nacional e a economia, tendo em vista o recente processo do golpe de 2016. O
Brasil vivia uma abruta mudança de direcionamento nas políticas sociais,
concepções econômicas e, também, uma espécie de “guerra de narrativas” sobre os
rumos corretos para a Nação. Todavia, a notícia que ressaltava em diferentes
sites de internet e principalmente nas redes sociais vinha da Bahia e se
relacionava ao ensino superior.
Em
novembro de 2017 diversas/os professoras/es universitárias/os e pesquisadores
foram surpreendidos pela notícia que docentes da Universidade Federal da Bahia
(UFBA) estavam sendo ameaçados, inclusive de morte, por pesquisas vinculadas
aos estudos de gênero e sexualidade. Além disso, a defesa de uma dissertação de
mestrado na referida universidade precisou de reforço policial para que pudesse
ocorrer. Segundo Joana Pedro (2011), a Universidade Federal da Bahia é uma das
instituições brasileiras mais relevante nas pesquisas sobre gênero e
sexualidade, chegando, inclusive, a possuir o único curso brasileiro de
Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade até o momento.
Toda essa situação de ameaças levou ao então
Reitor da UFBA, João Carlos Salles,
divulgar uma monção de repúdio contra tais ataques ao corpo docente e
discente da instituição. Além disso, os docentes foram orientados a prestar
queixa judicial referente às ameaças. Toda a comunidade científica brasileira
vinculada ao campo das humanidades assistia atônica aos acontecimentos da UFBA.
E foram tais acontecimentos que motivaram-me a escrever sobre estudos de gênero
para um portal/ site de internet em busca de ampla divulgação. Assim,
problematiza-se neste texto a experiência de história pública não exatamente
por opção teórica ou metodológica, mas como uma forma de divulgação de
conhecimento científico ( num primeiro momento), motivada por ataques ao campo
de estudos e pesquisas em gênero.
Situações como as narradas acima demonstravam
cada vez mais que os Estudos de Gênero estavam- e creio que ainda estejam-
sobre forte ataque. Esses ataques vinham principalmente de setores autodeclarados
“conservadores”, que poderiam ou não estar vinculados à diversos grupos
religiosos. No caso específico da UFBA um dos temores anunciados pelos grupos
conservadores era a imposição de mudança sexual para crianças e adolescentes,
ou seja, muitos acreditavam que os estudos de gêneros eram responsáveis pelo
incentivo à homossexualidade ou mesmo ao estímulo sexual precoce para crianças
e adolescentes.
Esses ataques acabaram tirando as pesquisas
de gênero desenvolvidas no interior das Universidades e as levando para o
espaço público, onde o debate é muito mais heterogêneo e, até por isso, mais
complexo. No mesmo ano de 2017, Toni Reis e Edla Eggert ( 2017) publicaram um artigo na Revista Educação e
Sociedade, debatendo sobre o boicote e ataques que os estudos de gênero vinham
sofrendo no campo educacional, em especial, analisam o Plano Nacional e Planos
Estaduais e Municipais de Educação, verificando o acalorado debate contra a
inclusão do termo gênero em diferentes Planos Educacionais. Esse artigo ja
denunciava que o campo de pesquisa em gênero estava sob ameaça.
Não havia mais a possibilidade de seguir com
pesquisas em gênero no isolamento universitário. Seguramente era necessário
romper as barreiras dos murros das universidades e dialogar com a comunidade de
maneira mais ampla. Desta forma, minhas ambições de história pública em fins de
2017 foi possibilitar, em alguma medida, o debate acadêmico-social sobre as
tais questões. Foi, portanto, uma resposta a
demanda social na tentativa de se fazer compreender. Em outras palavras:
um tentativa de divulgação de conhecimento científico e, neste ponto, deixo
claro minha concepção sobre a própria história pública.
Juniele Almeida e Marta Rovai (2013)
argumentam que a História Pública deveria ser vista como uma possibilidade de
se ampliar e difundir o conhecimento histórico. Nesse sentido, a ideia de
“amplas audiências” como as possibilitadas por meio de televisão, rádio,
jornais, organizações não governamentais e a própria internet poderiam ser
sistematicamente utilizadas para o fazer histórico bem como para a divulgação
de tais conhecimentos. Essa concepção extrapolava as tradicionais maneiras de
publicização do conhecimento histórico e historiográfico, tradicionalmente
feito por meio de textos acadêmicos, publicações em revistas especializadas e
com circulação mais restrita e até mesmo espaços tradicionais de história como
museus e centros de memória. Ainda segundo Almeida e Rovai (2011) deve-se ter
claro que a História Pública não é apenas ensinar e divulgar certo conhecimento
por meio da popularização do saber histórico, mas, também possibilitar a
interdisciplinaridade e a integração de diversos recursos, sejam eles técnicos
e ou metodológicos.
Nesse texto procuro compreender a História
Pública em sua complexidade, mas delimitando-a principalmente como uma nova
forma de construção do conhecimento história e como uma espécie de ponte entre
o saber construído na academia e a popularização de tal conhecimento. Nesse
caminho de busca procurei articular um espaço de ampla divulgação mas que não
se limitasse apenas a ideia de rede social pessoal. Meu intuito foi de
articular a ampla circulação ao debate acadêmico ao qual estava adaptada desde
o início de minha formação e, por essas questões, entrei em contato com o
portal “Café História”.
Café
História: História feita com cliques
O historiador Bruno Leal Pastor de Carvalho (2016)
informa que o site Café História surgiu em 18 de janeiro de 2008, a partir de
iniciativa pessoal dele. Tal historiador, atualmente professor da Universidade
de Brasília (UNB), é também criador e editor do site Café História e o denomina
como uma “rede social para historiadores na internet". Carvalho argumenta que esse projeto buscou
articular sua dupla formação, de um lado a história e de outro a comunicação.
Tal empreitada foi, portanto, uma demanda pessoal e que não contou com
investimento de terceiros ou patrocínio externo. Ainda segundo Carvalho existia
no início do século XXI uma lacuna na divulgação e popularização do saber
histórico no Brasil. Para ele, outras redes sociais, blogs, foruns virtuais ou
mesmo grupos de e-mails que existiam no período já não davam conta da
especificidade da história e da necessidade de sua divulgação.
Pelos números fornecidos por Bruno Leal
Pastor de Carvalho (2016) pode-se afirmar que o projeto de divulgação do
conhecimento histórico acertou em suas escolhas. Segundo Carvalho o Café
História recebe, em média de 3 a 5 mil acessos únicos por dia. Possui
visitantes não apenas do Brasil, mas também de outros países da América Latina
como Argentina, Paraguai, México, Colômbia e Chile. Além disso, foi possível
verificar acesso de países como Angola, Espanha, Portugal, Estados Unidos,
entre outros. Sabendo do sucesso que Café História representava na comunidade
de historiadoras/es optei por iniciar um diálogo com o editor, professor Bruno
Leal Pastor Carvalho, e publicar um texto de divulgação de conhecimento
histórico sobre gênero, um texto que articulasse em alguma medida os campos de
História Pública e de gênero.
Gênero
não é ideologia: explicando os Estudos de Gênero
Estabeleci contato com professor e editor Bruno Leal Pastor de Carvalho
via rede social Facebook. Desde o
primeiro momento, acolheu muito bem minha proposta de escrever um texto sobre
estudos de gênero naquele momento, ou seja,
na mesma semana em que tomamos conhecimento das ameaças contra
pesquisadoras/es da Universidade Federal da Bahia. Todavia, antes da entrega do
texto, tivemos algumas conversas e me foram repassadas ponderações e
orientações.
Recorro aqui ao artefato da memória para, em
alguma medida, resignificar aquelas conversas em fins de 2017, ora acadêmicas,
ora de amizade e preocupação. Nesse ponto, me amparo nas reflexões de Beatriz
Sarlo (1997) quando faz significativas considerações sobre a memória como um
bem comum e a respeito do discurso narrativo que é emitido a partir dela. Desta
forma, apresento aqui a “narrativa possível” realizada via memória sobre a
conversa que resultou no texto publicado no Café História. Como apontado por
Sarlo, sabe-se que as narrativas, por mais verdadeiras que se pretendam, são
sempre permeadas de singularidades, de lacunas e reconstruções feitas a partir
da memória e acionadas de diferentes maneiras, seja por meio de uma entrevista
ou, como é o caso, pela necessidade deliberada de rememorar para produzir uma
reflexão acadêmica sobre a conversa passada. Desta forma, e seguindo as ponderações
de Sarlo sobre a memória, não pretendo oferecer uma narrativa com núcleo
inquestionável de verdade, tendo em vista a complexidade das teias das
lembranças.
A primeira ponderação que o editor do Café
História me fez foi: “Você precisa ter clareza do impacto que seu texto pode
causar, principalmente num momento como esse”. E seguindo a isso, complementou:
“É possível que venham a sofrer algum tipo de ataque virtual. Você está
preparada?”. Nesse ponto, o editor me alertou para não responder comentários
com ataques e que tais comentários, se surgissem, seriam excluídos do Café
História. Também alertou que deveria ficar atenta em minhas redes sociais para
apagar qualquer tipo de ataque e não respondê-los.
Outro ponto interessante foi a necessidade de
uma adaptação metodológica de comunicação e de linguagem. Nas instruções
passadas pelo editor, havia uma limitação severa quando ao número de páginas –
no máximo três ou quatro-, também havia limitação quanto ao uso de notas e até
quanto a quantidade de referências bibliográficas – máximo de cinco. Era um
modelo de texto sobre gênero que eu nunca havia escrito.
Outra dificuldade foi estabelecer no texto um
equilíbrio entre linguagens. Era evidente que não se tratava de um texto
exclusivamente acadêmico, mas também não poderia ser um manifesto, ou um texto
panfletário. Esse equilíbrio entre o conhecimento universitário, seus ritos e
normas e a divulgação em larga escala de tal conhecimento foram um jogo tenso
no processo de redação do texto para o Café História.
Como estratégia optou-se por usar
“palavras-links”, ou seja, palavras e expressões que, ao se clicar nelas,
remetiam a outros textos ou reportagens. Já no inicio do texto publicado no
Café História mencionei sobre manifestações violentas contra os estudos de
gêneros e ao se clicar em “manifestações violentas”, que estava destacado com
outra cor de letras, o leitor era direcionado para reportagens tratando do
ocorrido na Universidade Federal da Bahia.
A dinâmica dos acontecimentos era frenética e
no meu entender, o texto precisa ser publicado já nos dias seguintes as
notícias de ameaças vindas da Bahia. Tendo em vista que o objetivo inicial
dessa experiência com História Pública era de estabelecer “uma ponte” entre a
universidade e a sociedade em geral, o texto deveria ser claro e didático, ou
seja, explicar de maneira objetiva a que se dedicavam, de modo geral, as
pesquisas em gênero. Para apresentar Scott e Butler ao grande público o texto
foi:
“Scott aponta, de maneira muito interessante,
para um dos eixos mais polêmicos que os Estudos de Gênero enfrentam hoje no
Brasil. Não se trata de negar as diferenças sexuais e corporais entre homens e
mulheres, mas de compreendê-las não como naturais e determinadas, mas como
relações sociais e de poder, que produziram hierarquias e dominação. Para
Scott, gênero é a organização social das diferenças sexuais. É um saber que
estabelece significados para as diferenças corporais.( ...) Para Judith Butler,
a ideia de performatividade de gênero compreende a noção de que sexo e gênero
são discursivamente criados e que, ao se desnaturalizar o sexo, deve-se também
desnaturalizar o gênero. Portanto, não se trata de negar a existência de sexo
ou de gênero, mas de historicizar tais diferenças, procurando analisar as
estratégias discursivas que as consolidaram. Nesse ponto, a meu ver,
encontra-se uma das contribuições mais significativas da obra de Judith Butler:
dar visibilidade ao fato de que existem corpos que “importam” – corpos
enquadrados no sistema heteronormativo – e corpos que “não
importam” – o que a autora chama de corpos abjetos. ( grifos na publicação
original)”( Vázquez, 2017).
E, por fim, para ser um texto efetivamente
explicativo direcionado ao grande público, direcionei as considerações finais
para formular uma listagem simplificada de algumas das áreas temáticas dos
Estudos de Gênero.
“Os Estudos de Gênero nunca tiveram como
objetivo modificar a sexualidade de ninguém (...) Nunca defenderam pedofilia ou
incentivaram a erotização infantil. Nunca foram “ideologia”.(...) Pesquisas
sobre sexualidades existem dentro dos Estudos de Gênero, porém – e parece ser
necessário repetir – não se trata de conspirar para mudar a orientação sexual
de ninguém.(...)Também são temas dentro dos Estudos de Gênero: a maternidade,
os sentimentos, a religiosidade, a assistência, a participação política, os
racismos, as interseccionalidades e o próprio movimento
feminista, isso só para citar algumas poucas áreas. Não existe ideologia de
gênero! E se os Estudos de Gênero puderem impactar de forma transformadora em
nossa sociedade, será na construção de um mundo mais justo e igualitário( grifo
no original) (Vázquez, 2017).
Considerações
Finais
O texto foi publicado em 27 de novembro de
2017, ou seja, seis dias após a vinculação pela imprensa dos acontecimentos na
UFBA.
Conforme alertado do Bruno Leal Pastor de
Carvalho, a repercussão foi ampla. Foram vários compartilhamentos em diferentes
redes sociais e grupos do aplicativo para celular whatsapp. Por conta da
diversidade de compartilhamentos não é possível ter a exatidão de quantas
pessoas tiveram acesso ao texto via Facebook e whatsapp, mas, conforme
informado pelo editor do site, o texto “Gênero não é ideologia: explicando os
Estudos de Gênero” teve, até abril de 2020,
34.514 acessos apenas via Café História, com tempo médio de permanência
na página de 7 minutos e 5 segundo.
Também foi possível mapear as cidades que
mais acessaram o texto, sendo elas, por ordem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Salvador e Brasília.Além disso, o texto também foi republicado por
diversos outros sites, com a condição de manter a citação original do Café
História, chegando até mesmo a ser traduzido para o espanhol.
Concluo, portanto, que, para além das
dificuldades e adaptações necessárias para se pensar a História Pública e
iniciar esse processo mais amplo de divulgação do conhecimento histórico, é
fundamental esse "exercício" historiográfico. Repensar linguagens,
metodologias, impacto e suporte de divulgação se constituem tarefas
fundamentais para maior interação entre universidade e sociedade.
Referências
Geordiane Garabely Heil Vázques é doutora em
História pela UFPR e professora do curso de História da UEPG.
ALMEIDA, Juniele; ROVAI, Marta. História
pública: entre as “políticas públicas” e os “públicos da história”. IN: XXVII
Simpósio Nacional de História. Conhecimento Histórico e Diálogo social. ANPUH
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013
CARVALHO, Bruno Leal Pastor. História Pública
e redes sociais na internet: elementos iniciais para um debate contemporâneo.
Transversos: Revista de História. Rio de Janeiro, v. 07, n. 07, set. 2016.
COLLING, Ana Maria. TEDESCHI, Losandro A.
História e Perspectivas, Uberlândia (53): 295-314, jan./jun. 2015
PEDRO, Joana. Relações de Gênero como categoria transversal na
historiografia contemporânea. Topoi, v. 12, n. 22, jan.-jun. 2011, p.
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REIS, Toni; EGGERT, Edla. Ideologia de
gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros.
Educação e . Sociedade. Campinas, v. 38,
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SARLO, Beatriz. Tempo Passado: Cultura da
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SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica.
Revista Educação e Realidade. v.lS, n.2, jul./dez. 1990
VÁZQUEZ, Georgiane Garabel Heil. Gênero não é
ideologia: explicando os Estudos de Gênero ( Artigo) In: Café História –
história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/explicando-estudos-de-genero/.
Publicado em: 27 nov. 2017. Acesso: 10 de abril de 2020
VIANNA, Claudia. Et all. Gênero e Educação:
Fortalecendo uma agenda para as políticas educacionais. São Paulo: Ação
Educativa, Fundação Carlos Chagas, 2016.
Olá, primeiramente venho parabenizar pelo excelente trabalho, acredito que levantar esses tipos de discussões a cerca de gênero são importantíssimas para a formação de indivíduos dispostos a respeitar e entender as diferenças do outro, então, voces acham que seria considerável levar essas pautas para salas de aula de ensino médio?
ResponderExcluirAtt,
Luana Martins Pereira.
Bom dia Luana. Agradeço pela leitura e pelo questionamento. Com relação a sua questão: tenho certeza da importância de se levar tal debate para o ensino médio e também para o fundamental. Existem muitas formas de se trabalhar gênero na escola, por exemplo, na educação infantil ao se ensinar as cores e enfatizar que meninos e meninas podem usar ou gostar de qualquer cor, já estamos trabalhando gênero. Acho que especificamente para o ensino médio, como me perguntou, o debate é urgente. Cada vez mais vemos concursos de vestibular e mesmo o Enem cobrando redações ou temáticas que favorece a discussão de gênero e equidade. Além disso, para a própria formação humanística do aluno é fundamental. O ensino de gênero é o ensino da valorização à diversidade, das lutas por igualdade e tolerância, do respeito ao diferente. São valores sociais fundamentais para a sociedade. Textos, filmes, documentários e mesmo relatos de experiências podem ajudar professoras/es a abordar gênero em sala de aula. Abraços e obrigada mais uma vez!
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