Milena Silvério Ferreira


O COTIDIANO DE VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES NOS CAMPOS DE TRABALHO E CONCENTRAÇÃO NAZISTAS



A origem inicial dos campos  de concentração é pertencente ao século XVII, em algumas regiões da África e da Ásia que recebiam prisioneiros e prisioneiras que eram indesejáveis para a sociedade, portanto ficavam detidos naquele lugar cumprindo penas e participando de trabalhos escravos até que fossem liberados, dessa forma os mesmos foram utilizados como estratégia de domínio de grupos específicos para o controle cultural e político do Estado. Porém, na Alemanha nazista ele de fato ganhou outro significado, visto as barbaridades e desumanidades que aconteceram nestes. 

Entre 1933 e 1945 a Alemanha construiu mais de 40.000 campos de extermínio e aprisionamento que tinham as intenções da carceragem, trabalho escravo, detenção para os inimigos de guerra e principalmente como ficou como conhecido no mundo todo, para o extermínio em massa. Pesquisadores afirmam que o nome campo de concentração é dado pelo fato dos prisioneiros ficarem fisicamente localizados em um determinado lugar.

No início do regime, os nazistas adquiriram o método de fuzilamento para assassinar os judeus, estes friamente teriam que cavar sua própria cova, porém os soldados nazistas estavam ficando traumatizados. Por conta desse fato, Adolf Hitler resolveu investir na construção dos campos de concentração.

Durante a Segunda Grande Guerra as ideias mais obscuras foram postas em prática dentro dos campos de concentração. O primeiro deles foi o de Dachau (próximo a Munique) construído em 23 de março de 1933, inicialmente ingressaram os políticos oposicionistas como os comunistas, algumas minorias religiosas, dentre as quais se pode destacar os testemunhas de Jeová, além dos lideres sindicais e homossexuais também eram considerados inimigos do regime. De forma geral todos que expressassem comportamentos vistos como subversivos para a época. Mas com o decorrer da guerra estes campos receberam milhares de centenas de judeus dia e noite, que posteriormente receberam os tratamentos mais desumanos possíveis, como a ordem de trabalhar até a exaustão.

Dachau inicialmente foi considerado um campo de treinamento para os oficiais da SS, onde eles poderiam treinar todas as suas técnicas mais obscuras para depois serem colocadas em prática (as que tivessem sucesso) nos demais campos localizados nos territórios de domínio alemão.
Ravensbrück merece aqui uma atenção especial já que foi um campo de concentração que só recebeu mulheres, adiante será discutida mais especificamente a questão.

É importante frisar que nem todos os campos eram de concentração, havia os campos de trabalho forçado (obviamente que os prisioneiros eram obrigados a trabalhar exaustivamente sob maus tratos e recebendo o mínimo de alimentação), os de trânsito (serviam para concentrar um número de prisioneiros que seguidamente seriam enviados aos campos de extermínio) e os de extermínio (onde os prisioneiros eram encaminhados diretamente para a morte, através das câmaras de gás).

Os campos de extermínio foram construídos com o intuito principal de eliminar fisicamente os seus respectivos prisioneiros. Primeiramente foi utilizado o monóxido de carbono gerado pelos motores e pela gasolina na Operação Reinhard: Belzec, Sobibor e Treblinka,  já campo de Majdanek foram utilizados vários gases, portanto se percebe que havia testes para ver a  forma mais eficiente de assassinar as pessoas em grande escala. Vale ressaltar que este campo detinha as três funções o de concentração, de trabalho e de morte. (MILGRA & ROZETT, Jerusalem, 2010, p. 38). Chelmno foi primeiro campo de extermínio, nele foram mortos por asfixiamento judeus e ciganos, eles foram postos em furgões com canos que soltavam o gás, com esse método foram mortos aproximadamente 225.000 judeus.

O campo de concentração de Auschwitz foi o mais conhecido pela execução em massa, ele possuía um funcionamento sistemático, levando também em consideração que ele se subdividia em outros três campos. Localizado perto da cidade polonesa  Oswiecim, Auschwitz I foi levantado em 1940. Durante os primeiros anos de existência do campo, ele abrigava os alemães que haviam cometido infrações criminais recorrente a política, também produziam armamentos e artigos de guerra. Ali também aconteceram as experiências médicas mais desumanas da figura infame Josef Mengele, que era capitão da SS.

Auschwitz II ou Auschwitz- Birkenau ficava próximo á cidade de Brzezinka. Era dividido em mais doze seções, separados com cerca de elétrica. Nele haviam divisões específicas para mulheres e homens. Em 1942 foi construída uma câmara de gás improvisada para a execução dos seus componentes. Birkenau foi o campo que mais recebeu vítimas.

Fundado aos arredores da cidade polonesa de Monowitz, Auschwitz III, também conhecido como Auschwitz-Monowitz, tinha por função principal a produção de borracha sintética pela empresa I.G Farben, à custa do trabalho escravo de judeus, ciganos, soviéticos, etc. 

Em 1941 se deu início às experiências com o gás Zyklon B, ácido cianídrico, em Auschuwitz, a empresa Degesch, que era uma cooperativa alemã fabricante de pesticidas pertencente a I. G Farben, fornecia os cristais do Zyklon B. O objetivo principal era assassinar industrialmente os seres considerados indesejáveis. (MILGRAM & ROZETT, Jerusalem. 2010, p.35).
Com a descoberta do gás altamente tóxico, os nazistas construíram as câmaras de gás em Auschuwitz- Birkenau. As instalações foram feitas pela indústria J. A. Topf & Söhne, da cidade de Erfurt. Os corpos eram inicialmente enterrados em valas, mas pela grande quantidade ficou mais viável a cremação.

Auschuwitz Birkenau possuía quatro câmaras de gás, em seu auge foram assassinados cerca de 60.000 mil pessoas por dia, o extermínio começou na primavera de 1942, os judeus que viviam em várias regiões ocupadas pelos nazistas, começaram a ser deportados em vagões até chegarem neste campo e serem brutalmente assassinados. Caso não fossem sacrificados os prisioneiros eram submetidos a condições desumanas, por isso uma parcela muito pequena conseguiria sobreviver ao genocídio como bem escreveram os autores Milgran e Rozett.

Os nazistas tentavam evitar ao máximo qualquer forma de organização coletiva das pessoas que futuramente pudesse se tornar algum movimento de resistência contra a exploração, ressaltando que logo na chegada aos campos de confinamento, famílias e amigos seriam separados, assim gerando mais um confronto psicológico de sobrevivência ás vitimas do holocausto. O Estado nazista se utilizou severamente da foça e abuso de poder, pondo em prática um plano absurdo de exclusão dos judeus da sociedade.  

A violência é exercida contra os judeus que são vistos como inimigos para os soldados da SS, os laboratórios de morte, que viriam a ser os campos de concentração, seguiam uma “organização mortal”, onde era uma morte peculiar, uma morte segmentada, em que primeiro ocorria a morte jurídica, sucedida pela morte moral e por fim a física.

“A irritadiça Frida caiu na besteira de contar para Frau Fleschner que estava com dor de dente. Prontamente, ela foi levada a um dentista, que lhe arrancou dez dos seus dentes! Depois de um dia, eles a colocaram de volta aos campos, cuspindo sangue. Ela só tinha 21 anos”[ Beer, cap. 05]

É visível que histórias assim como de Frida são inteiramente ignoradas pela sociedade que continua a praticar barbaridades contra as mulheres como afirma SAIDEL á Beatriz Montesanti (2016) “os atos praticados pelos nazistas – e a negação deles - é precursor de diversas tragédias de violência sexual contra as mulheres nos últimos 30 anos”. Também se deve levar em consideração que houve um campo de concentração especificamente para as mulheres, chamado Campo de Concentração de Ravensbrük, onde as mesmas eram diariamente estupradas e assassinadas pelos nazistas (já que pelo decreto de Nuremberg, assinado por Hitler em 1935, afirmava a proibição de qualquer relação sexual de arianos com judeus). Em 1938 os nazistas deram início a construção do campo de concentração de Ravensbrück, eles viram a necessidade visando a captura de várias mulheres durante a Segunda Grande Guerra, Rocelle Saidel diz que foi utilizado o trabalho escravo de pessoas que estavam no campo de Sachsenhausen. [Saidel, introdução].

O principal objetivo de Ravensbrük era de encarcerar e punir as prisioneiras, sendo que as primeiras a chegarem foram mulheres antifascistas, democratas e algumas judias, mas com o decorrer da guerra e a invasão da Polônia, explorar o trabalho daquelas mulheres se tornou viável aos alemães. No entanto o dia a dia dentro do campo cada vez mais se tornava difícil devido a brutalidade como eram tratadas as mulheres.

Essas situações são estudadas pela fantástica pesquisadora no que diz respeito a mulheres durante o holocausto Rochelle G. Saidel [2009, p.29] ela fala que os campos de concentração eram “Um Inferno Especial para Mulheres”, devida a violência a que elas eram expostas e pela misóginia dos soldados da SS.   

Existia agressões inimagináveis que foram usadas como tortura pelos guardas como contou a sobrevivente Gemma LaGuardia Gluck:

“Havia a “sala do gelo em Ravensbrück, onde pelo menor delito a gente era obrigada a ficar descalça horas a fio em cima do gelo. Para um castigo severo, muitas prisioneiras eram despidas e jogadas na sala de gelo. Não admira que tantas ficaram permanentemente doentes em decorrência dos campos” [Saidel, cap. 02].

Fica nítida a brutalidade do cotidiano que as vítimas suportavam, além de receberem chibatadas e até ataques de cães, um verdadeiro inferno como bem frisou Saidel. Muitas não sobreviviam devido às agressões físicas e adoeciam também pela pressão psicológica lhes imposta pela situação vivida.  Por isso a importância de dar visibilidade e mostrar para a sociedade o sofrimento que elas passaram por pertencerem ao sexo feminino, vendo que a ideologia nazista destilou muito ódio às judias, ciganas, comunistas, lésbicas, etc.

“Nos guetos e campos de concentração as autoridades alemãs colocavam as mulheres para trabalhar sob condições em que frequentemente morriam enquanto executavam suas tarefas. Como se não bastasse, as mulheres deportadas da Polônia e da União Soviética para fazerem trabalhos forçados eram sistematicamente espancadas, estupradas, ou forçadas a manter relações sexuais com alemães em troca de comida e outras coisas. Muitas vezes, as relações sexuais forçadas entre as trabalhadoras escravas e homens alemães resultavam em gravidez, as mães eram forçadas a abortar, ou eram enviadas para darem à luz em maternidades improvisadas, onde as péssimas condições de higiene garantiriam a morte do recém-nascido” Mühlen & Strey, 2015, p.11].

Portanto se percebe a fragilidade das vidas dessas mulheres, para os nazistas eram consideradas insignificantes, a violência altamente exercida e as humilhações sobre elas era algo glorioso para os nazistas, algo que deveria sempre acontecer como forma de mostrar o seu poder e também porque foi incentivado pelos superiores como o Chefe da Polícia Alemã Heinrich Himmler, que chegou até a sugerir o número de chibatadas que os soldados teriam que aplicar nas mulheres como forma de castigo.

A violência sexual acontecia muito mais do que se imagina, cerca de 2 milhões de mulheres foram estupradas durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo a autora Rochelle Saidel em entrevista a Sorg em 2011 o estupro não ocorria pelo desejo da relação sexual, mas sim como forma de mostrar o poder dos guardas sobre as prisioneiras. Infelizmente o que é mais preocupante é que nenhum nazista foi condenado no julgamento de Nuremberg por estupro, dessa forma infere-se que a sociedade preferiu calar-se diante dos fatos.

Segundo as autoras Bruna Krimberg Von Mühlen e Marlene Neves Strey [2015, p.09] a desigualdade de gênero da sociedade levou a violência de gênero contra as mulheres dentro dos campos de concentração, observando que a discriminação ia além da raça, etnia, opção sexual, status econômico dentro da sociedade.  Os homens se sentiam superiores aos prisioneiros, principalmente em comparação com as mulheres, visto que não somente a sociedade alemã, mas a Europa como um todo era uma organização patriarcal, onde o homem era o chefe de família, a figura extremamente respeitada e confiável, as mulheres geralmente eram entendidas como seres inferiores, o que acarretava as perseguições.

As judias ortodoxas seriam as preferidas dos soldados nazistas para perseguições doentias, pois elas eram facilmente reconhecidas, dado que elas possuíam muitos filhos, também se vestiam de maneira diferente, usando roupas que cobrissem os joelhos, e os cotovelos. Já as mulheres especialmente as deportadas da União Soviética e da Polônia eram espancadas e obrigadas a manter relações sexuais com os alemães em troca de alimentação. [Mühlen & Strey, 2015, p. 09].

Das mulheres que chegassem a engravidar, como se não bastasse tudo que estavam vivendo, ainda eram obrigadas a abortar ou eram enviadas novamente para suas respectivas regiões sem nenhum aparato.

No campo de concentração de Ravensbrück durante a Segunda Grande Guerra passaram cerca de 132 mil mulheres, entre judias, soviéticas, ciganas, etc. Algumas conseguiram sobreviver por conta das funções no campo como cozinheiras, costureiras, lavadeiras, mas nos primeiros três anos do campo (1939-1945) nenhuma conseguiu sobreviver pelo tamanho da exigência do desgaste físico e mental.

Desse jeito se percebe o quanto a escuridão de sentimentos se alastrava entre as prisioneiras, o otimismo, a esperança começavam a se apagar como o fogo até se transformar em brasa. A fome e a saudade dos familiares eram um dos únicos intuitos de tentar sobreviver num lugar de tantos horrores, infelizmente aos pouco até essa pequena vontade foi passando e a morte seria a melhor maneira de escapar daquilo tudo.

Referências
Milena Silvério Ferreira é acadêmica do 4ºano do curso de História da Universidade Estadual do Paraná – Campus União da Vitória.
BEER, Edith Hans. A mulher do oficial nazista. Rio De Janeiro: Ed. Harper Collins. 2017.
MÜHLEN, Bruna Krimburg Von & STREY, Marlene Neves. As Mulheres e o Holocausto: dando visibilidade ao invisível. Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 9, n. 17, nov. 2015.
MILGRAM, Avraham. & ROZETT, Robert. O Holocausto: as perguntas mais frequentes. Jerusalem. 2010.
SAIDEL, Rochelle G. As judias do Campo de Concentração de Ravensbrück. São Paulo: Ed. Universidade Estadual de São Paulo. 2010.

10 comentários:

  1. Sobre as atividades que as mulheres exerciam no campo de Ravensbruk, você menciona que muitas não duravam muito tempo e outras conseguiam sobreviver mais tempo devido as atividades que realizavam, como a de cozinheiras, costureiras, lavadeiras. Gostaria de saber por que estas atividades garantiam sobrevivência e que outros tipos de atividades estas mulheres realizavam.
    Parabéns pelo texto.
    Assinado: Milena Calikoski

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    1. Olá Milena!Obrigada pela sua contribuição.
      Essas mulheres que exerciam as funções de cozinheiras, costureiras e lavadeiras tinham um desgaste físico menor, por isso tinham mais chances de sobreviver dentro do Campo de Ravensbrück. As demais mulheres eram obrigadas a construir estradas dentro do campo, levantar alojamentos para os guardas da SS, também exerciam as funções de lavradores e operárias de fábrica. No entanto estas mulheres não recebiam alimentação suficiente para o desgaste exigidos por tais tarefas e grande maioria não sobrevivia.
      Milena Silvério Ferreira

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  2. Boa tarde Milena, muito bom o texto. Questões de gênero nos campos de concentração não são algo que vemos com facilidade nas discussões em sala de aula, por que você acredita que há esse silenciamento? Além disso, conhece algum relato dessas mulheres que engravidaram e foram enviadas de volta a sua terra natal? O campo de concentração Ravensbrück foi feito com apenas o intuito da violência sexual contra as mulheres ou há outros motivos de gênero para a criação desse campo em específico?

    Leticia Arrabar

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    1. Olá Leticia! Obrigada pela sua contribuição.
      A estrutura da história é muito desigual, sempre evidenciando os personagens masculinos, portanto eu acredito que esse silenciamento dentro da sala de aula seja um reflexo disso, porém percebo que aos poucos estamos trabalhamos mais sobre as mulheres nas mais diferentes temporalidades.
      Com relação às mulheres grávidas, pessoalmente não conheço nenhum relato, somente a descrição como eram tratadas devido a gravidez.
      O Campo de Ravensbrück foi construído específicamente para prisioneiras femininas, inicialmente era para receber as dissidentes.
      As violências, infelizmente, foram resultado de uma sociedade extremamente patriarcal e misogena.
      Milena Silvério Ferreira

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  3. Boa tarde! Milena, você menciona em seu texto que ao chegarem a um campo de confinamento as famílias eram separadas. Gostaria de saber se crianças e adolescentes do sexo feminino eram enviadas também para o Campo de Ravensbrück, ou existia algum limite de idade para esse envio?
    Maria Izeth Braga Beltrão

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    1. Olá Izeth!Obrigada pela sua contribuição.
      Geralmente as famílias eram separadas. No entanto eu tenho o relato de menina de 8 anos que foi para o Campo de Concentração de Ravensbrück junto com sua mãe, ela se chama Sali Solomon Daugherry. Sali também conta que haviam outras crianças menores, que ela deveria cuidar, por ser um pouco mais velha. Alguns anos depois ela foi trabalhar na fábrica do Campo de Concentração.
      Milena Silvério Ferreira

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  4. Boa tarde, Milena, tudo bem? Primeiramente gostaria de parabeniza-la pelo texto, com dito acima por uma colega, não é um assunto que estamos acostumados a ver no nosso dia a dia. Abordar questões de gênero e principalmente da repressão que nós mulheres sofremos até os dias de hoje, são de suma importância para a nossa a luta cotidiana contra o machismo e etc. Dito isso, gostaria de saber se você pretende levar o seu trabalho a diante, digo as salas de aula, você como aluna do 4° ano de História e se sim, qual seria a melhor forma para abordar o mesmo? Você acha também que ainda vivemos alguns vestígios do que as mulheres daquele período viveram?
    Mais uma vez, parabéns pelo trabalho.

    Paulina Ferreira de Araújo.

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    1. Olá Paulina! Obrigada pela sua contribuição.
      Pretendo sim. Levar para as salas de aula é uma forma de salvaguardar a memória destas mulheres, que sofreram muito durante o holocausto.
      Eu levaria os relatos delas para os (as) alunos (as), levando em consideração a idade deles (as). Acho que seria um bom jeito de aproximá-los da história das mesmas, assim entendo os relatos e sua importância histórica.
      Com certeza, atualmente, vivemos vestígios dessas violências. Um sinal disso é a impunidade aos agressores do holocausto, como bem disse, infelizmente nenhum foi punido pela violência sexual exercida nos campos.
      Milena Silvério Ferreira.

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  5. Boa noite, Milena. Primeiramente gostaria de parabenizar o seu texto, foi muito esclarecedor e me fez refletir mais amplamente sobre um assunto tão delicado como o Holocausto. Segundo, durante meu 9º ano e meu ensino médio eu apenas estudei sobre os campos, mas as aulas eram focadas nos homens, sejam eles judeus, homossexuais, ciganos, comunista, etc. Nunca havia assistido uma aula que falasse apenas das mulheres durante o Holocausto, ou que havia um campo específico para elas. E no seu texto você fala sobre isso e sobre toda a violência que as mulheres sofreram nas mãos dos soldados nazistas. Então gostaria de saber como você aplicaria esse assunto em sala de aula, principalmente no fundamental onde os alunos são mais novos. Que meios (fontes, bibliografias, metodologia) usaria para inserir esse assunto nos debates?
    Assinado: Talita dos Santos

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  6. Olá Talita! Obrigada pela sua contribuição.
    Eu pessoalmente levaria para o 9°ano, relato das fontes das mulheres contando sobre o seu cotidiano dentro dos Campos de Concentração, acho que seria um meio de inseri-los no debate no que diz respeito às mulheres no holocausto.
    Milena Silvério Ferreira

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