Marco Antonio Stancik


O IDEAL DE VIRILIDADE EM CARTÕES-POSTAIS FRANCESES DA GRANDE GUERRA (1914-1918)



Introdução: A Grande Guerra (1914-1918) e os cartões-postais franceses
Desde a derrota na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) - o “desastre de Sedan” - e da perda dos territórios da Alsácia e da Lorena, o desejo de vingança contra a Alemanha, então alçada à condição de maior potência continental europeia, tendeu a impregnar a política, a cultura, o imaginário coletivo, portanto, o cotidiano do povo francês. Seu sistema de interpretação do mundo, assumiu, assim, um espírito belicoso e revanchista, inspirado na lógica da nação em armas (TUCHMAN, 1964, p. 40-53; HOBSBAWM, 2009; STANCIK, 2017).

Não apenas o Exército, mas o sistema de ensino, sob o patrocínio do Estado, assim como a Igreja, os meios de comunicação e o ambiente familiar fizeram eco a esse estado de espírito. Segundo Gérard Vincent, “pode-se falar de uma verdadeira religião da pátria, inculcada pela escola laica (por volta de 1880, as crianças aprendiam a manejar armas, usando espingardas de madeira, desde a escola primária), e ensinada também nas instituições religiosas. O nacionalismo é um ‘valor’ partilhado tanto pela direita quanto pela esquerda” (VINCENT, 1994, p. 208).

Ou ainda, conforme relato do tenente francês Robert Poustis, que combateu nas trincheiras da Grande Guerra (1914-1918), ou Primeira Guerra Mundial, como posteriormente viria a ser conhecida:

“Quando criança, na escola ou no seio da família, falava-se com frequência sobre as províncias perdidas – Alsácia-Lorena – que haviam sido tomadas à França após a guerra de 1870. Queríamos recuperá-las. Na escola, essas províncias eram assinaladas com uma cor especial em todos os mapas, como se estivéssemos de luto por havê-las perdido. Quando ingressei na universidade, testemunhei no meio acadêmico também esse grande sentimento de perda. Em nossas conversas, costumávamos dizer que talvez a guerra fosse iminente. Mais cedo ou mais tarde ela eclodiria, dizíamos, mas nós, os jovens da época, queríamos muito recuperar as províncias.” (ARTHUR, 2011, p. 23)

Iniciada a mobilização para a guerra, os franceses expressaram o seu entusiasmo ao som da Marseillaise, aos gritos de “Vive la France”, “Vive l’Alsace”, enquanto os combatentes marchavam carregando flores e bandeiras tricolores. Completando o clima de festa, exibiam vistosos uniformes, com suas características calças vermelhas. Os integrantes da cavalaria desfilavam portando espadas e capacetes guarnecidos de plumas, suntuosos resquícios do século XIX, em sintonia com a tradicional visão romântica da guerra. A crença geral era que tudo se resolveria muito rapidamente e que em curto espaço de tempo, provavelmente até o Natal, os soldados retornariam como heróis.

“As massas seguiram as bandeiras de seus respectivos Estados”, sintetiza Hobsbawm. “Em 1914”, prossegue o historiador britânico, “os povos da Europa foram alegremente massacrar e ser massacrados, por pouco tempo, no entanto. Após a Primeira Guerra Mundial isso nunca mais acontecera” (HOBSBAWM, 2009, p. 499). A celebração, portanto, muito em breve se converteu em seu oposto, conforme a guerra se revelou mais longa e trágica que o inicialmente previsto, proporcionando um final decisivo, doloroso e inesperado às doces ilusões e expectativas da Belle Époque europeia (HOBSBAWM, 2009; TUCHMAN, 1964; ARTHUR, 2011; STANCIK, 2009, 2017).

É também ao longo da Belle Époque, ou seja, às vésperas da Grande Guerra, que os cartões-postais se tornaram um dos mais populares meios de comunicação. Então, o número de postais produzidos em países como a Alemanha, a Inglaterra, a Bélgica e, principalmente, a França, eram contados aos milhões (STANCIK, 2017, p. 22). Mas, ao se prestarem para comunicar, também tendiam a funcionar objetivando ensinar, no mais amplo sentido do termo. E ensinavam, entre tantas outras coisas que a guerra poderia ser o caminho para a redenção francesa. E que, para fazê-la, homens viris seriam necessários. Na verdade, homens, meninos e até mesmo bebês, conforme veremos.

Por isso, adotando percepção próxima daquela assumida por John Keegan (2006), tem-se por pressuposto que a guerra não é, ou não é apenas, a continuação da política por outros meios, pois vai muito além dela, evidenciando-se como uma forma de expressão da cultura. O seu fazer envolve práticas e representações que são sociais e culturais, portanto, não se explicam somente na e através da esfera política, como milhões de exemplares de cartões-postais franceses dos tempos da Belle Époque podem evidenciar.

De tal maneira, com suas imagens e textos impressos, cujo objetivo é transmitir mensagens, os cartões-postais são aqui tomados como documentos mediante os quais podemos ter acesso a aspectos do imaginário social construído em torno da guerra e, mais especificamente, da construção de imaginários sobre a infância. Uma infância que já era proposta como viril, belicosa, predestinada a obter a tão almejada revanche contra a Alemanha, reconduzindo a França à condição de potência europeia (CORBIN, COURTINE, VIGARELLO, 2008; STANCIK, 2017). Uma França que estaria prestes a enfrentar inimigo, a Alemanha, cuja população, logo, seus combatentes, seria apresentada como imbecilizada, incapaz (STANCIK, 2017).  É isso que se pretende explorar a seguir, através de postais franceses e outros documentos – é o caso de um dicionário militar (DICTIONNAIRE, 1916) e fotografias do período (WALTHER, 2014), entre tantos outros que poderiam ser utilizados -, os quais nos permitem vislumbrar o ideal viril da infância francesa, e que, ao fazê-lo, não apenas reproduziam, mas auxiliavam no fortalecimento e na construção de tais imaginários.

A infância viril nos postais franceses
A Figura 1, a seguir, reproduz cartão-postal francês manuscrito no final de dezembro de 1914. Na imagem impressa, um menino figura trajando o uniforme que lembra aquele usado pela Infantaria francesa até meados do ano de 1915, o que oferece elementos para a datação aproximada de sua produção. Assim, pode-se supor tratar-se de exemplar impresso por ocasião da primeira virada de ano em plena Grande Guerra.


Figura 1 – Visé, Paris. Cartão-postal n. 2025. Bonne Année / En fleurissant ma baïonnette / De tout coeur je vous la souhaite, manuscrito em 27 de dezembro de 1914. A infância viril: criança trajando uniforme da Infantaria francesa simula sua partida para o campo de batalha. Acervo pessoal do autor.

No postal, o cenário em que a criança comparece remete a um ambiente exterior coberto de neve, nas proximidades de um portão ao qual ele volta as costas. Ao que tudo indica, simula a partida de um combatente em direção ao campo de batalha.

A mensagem nele impressa no canto superior esquerdo destinava-se ao envio de votos de feliz ano novo, embora feito em estreito diálogo com o uso de armamento de guerra. É o caso do rifle exibido, que traz flores afixadas no espaço onde deveria se encontrar a baioneta, conforme pode ser observado na imagem, e também registrado em sua legenda.

As flores a que o postal faz alusão podem ser tidas como indicativas do hábito de oferecê-las aos militares quando da partida para a guerra, contribuindo também para reforçar a imagem cavalheiresca então vigente a seu respeito. Entre outros significados que se pode atribuir à presença das flores, circulava no período crença segundo a qual elas proporcionariam boa sorte aos combatentes. Assim sendo, não era raro que militares delas se servissem em retratos produzidos nos tempos da Grande Guerra, tanto na França como na Alemanha, quiçá também em outros países (STANCIK, 2009).

Em outro cartão-postal, manuscrito no mês de maio de 1915 (Figura 2), temos imagem que remete ao ambiente doméstico, familiar. Trata-se da “pequena pátria” aludida por Anne-Marie Thiesse (2009), em contraposição à “grande pátria”, a França.


Figura 2 – Autor/Editor não identificados. Cartão-postal n. 721, série Novelta. Présentez arme, manuscrito pelo remetente em 16 de maio de 1915. Diferentes gerações, diferentes identidades sexuais, o mesmo espírito militarista. Acervo pessoal do autor.

No postal, figura um pequeno e atento menino cujo traje imita o uniforme militar francês. Na mão direita ele exibe uma pequena arma de brinquedo, enquanto sua atenção está totalmente dirigida a uma senhora de cabelos brancos.

A mulher, por sua vez, porta uma vassoura e, por seu intermédio, parece ensinar ao jovem como se deve “apresentar armas”, conforme somos informados pelo texto presente na legenda. Ela usa também um quepe militar e, na cintura, uma faixa que remete às cores pátrias, que não deixam dúvidas quanto à alusão à bandeira francesa, que ensina a defender por intermédio do emprego de armamentos.

Mulher, civil, idosa, podemos nos questionar: mesmo prestando-se ao papel de introduzir o menino na arte militar, estaria ela impedida ao acesso às armas, elemento que remeteria ao sexo viril? A imagem presente no anverso do cartão-postal parece sugerir que a resposta é sim. Ou seja, a ela, mesmo que impregnada pelo espírito militarista, caberia o espaço doméstico e o afastamento das práticas militares.

Ao nos depararmos com uma criança que é instruída por sua avó - é o que ela aparenta ser, com seus cabelos brancos - na arte de manejar armas de fogo, é como se o postal nos colocasse diante de uma idosa contemporânea da imperdoável e inesquecível derrota sofrida na Guerra Franco-Prussiana e de tudo que lhe sucedeu. A cena retratada no postal se passaria no exato instante em que a senhora transmitiria às novas gerações viris - personificadas pelo jovem com sua arma de brinquedo - a responsabilidade de sanar aquela angústia que a acompanhava, e à toda a França, ao longo das últimas décadas.

Um pequeno cartão-postal, construído com um cenário simples e dois atores, a senhora e o menino, expunha assim aspecto dos mais relevantes da história francesa. Buscava-se, por seu intermédio, contribuir para alimentar ilusões sociais plenas de ideias, valores, crenças, belicosidade. A pequena e a grande pátria nele figuravam alegoricamente, por intermédio de um discurso imagético simples, construído com poucos, porém significativos elementos.

Representações estas profundamente idealizadoras da figura dos combatentes e que tenderam a se acentuar com o deflagrar da Grande Guerra. Entre outros paralelos que poderiam ser feitos, lembram elas os retratos produzidos pelo fotógrafo Léon Gimpel (1873-1948) em 1915, em célebre série na qual crianças como o pequeno Pépète, de não mais que quatro ou cinco anos, sempre cuidadosas em suas poses, figuraram como viris combatentes. E assim encenaram, até mesmo, o fuzilamento de prisioneiro alemão, também ele personificado por pequenino garoto (WALTHER, 2014, p. 112-123).

Temos assim aquilo que Stéphane Audoin-Rouzeau (1993) qualifica como o modelo da “criança heroica”, estimulado na França na passagem dos séculos XIX-XX. Criança heroica que se fez presente em incontáveis postais franceses e outros documentos do período.

Constata-se assim que se tratava de idealizadas representações construídas com imagens da infância, empregadas ainda no momento em que o conflito se revelou mais sangrento que o inicialmente imaginado. Buscando compreender como isso se tornou possível, Stevenson (2016, p. 240-241) propõe possíveis explicações na confiança então depositada em uma “causa”, ou seja, “um amálgama de crenças que incluía a certeza da vitória e a aceitação de que o propósito da guerra era legítimo, bem como a intensidade do sentimento patriótico”. Elementos estes amplamente divulgados e reafirmados nos cartões-postais e, pode-se propor, presentes a significativa parcela dos combatentes franceses. Ao menos nos momentos iniciais da Grande Guerra, enquanto ainda era possível imaginá-la breve, idealizá-la de forma cavalheiresca, concebê-la como absolutamente necessária.

Tanto que, em dicionário publicado no ano de 1916, o Dictionnaire des termes militaires et de l’argot poilu, o leitor que consultasse ao verbete allemande obtinha informação de tratar-se de termo proposto como “raramente utilizado desde a guerra”. Em seguida, para maiores informações, o leitor era remetido ao vocábulo boche. Este verbete, um pouco mais prolixo, informava tratar-se de uma abreviação de alboche, definido como “sinônimo popular de alemão”, apresentando-o ainda como “mentiroso, beberrão, bárbaro, cruel, cabeça dura, cabeça quadrada”, entre outros adjetivos similares (DICTIONNAIRE, 1916, p. 12, 41).

Afirmar que a expressão “alemão” estaria em franco desuso e que, em seu lugar, passara a ser empregada outra, de caráter depreciativo, ofensivo mesmo, constitui inequívoca estratégia de retórica destinada a estimular que tal substituição se realizasse na prática, alimentando ainda mais o ódio ao inimigo.

A respeito do uso desses estereótipos, Ricardo Corrêa Coelho traz alguns esclarecimentos, destacando, por exemplo: “A associação do alemão com um indivíduo cabeça dura, turrão, o que vai bem ao encontro da percepção que os franceses tinham dos alemães até a Segunda Guerra Mundial. Para os franceses do final do século XIX e início do século XX, o alemão era certamente um povo muito determinado e disciplinado, mas também um tanto imbecil, meio abobalhado e sem refinamento, que se embebedava facilmente de cerveja e só comia batatas, chucrute e salsichas” (COELHO, 2008, p. 103).

Ainda em torno do dicionário francês, tratava-se de pequeno volume que, como o próprio título pretendia, se apresentava sob o propósito de informar ao leitor o significado – ou possíveis significados - de termos militares, assim como as gírias então empregadas pelo poilu, termo este que cabe agora esclarecer.

A respeito do poilu, citado no título do pequeno volume e cuja tradução literal é “peludo”, “cabeludo”, tratava-se, sempre conforme a obra, de “homem forte e corajoso”. Mas, desta feita, o termo elogioso era registrado reportando-se ao soldado francês. Definição esta que, conforme propõe o historiador francês Alain Corbin, dialogava com a associação viril entre a caserna e a identidade masculina, então vigente na Europa naquele início do século XX (CORBIN, COURTINE, VIGARELLO, 2008).

Logo, os pequenos meninos uniformizados presentes nos postais reproduzidos nas Figuras 1 e 2 seriam pequenos e viris poilus, à serviço da França. O mesmo se daria com os bebês representados na Figura 3, que reproduz postal francês que os denominava de “sementes de poilus”, ou seja, de viris combatentes franceses.


Figura 3 – Mug/M. Nicou. Cartão-postal n. 905, série Novelta. On les aura / Tranchée de la graine de poilus / Des canons! Des munitions!, manuscrito pelo remetente em 1916. Bebês franceses nas trincheiras e seus brinquedos bélicos. Acervo pessoal do autor.

Conforme pode ser observado, trata-se de montagem que apresenta vários bebês franceses tranquilamente instalados em trincheiras. O cenário é desolador, eles estão próximos ao arame farpado e, mesmo assim, apresentam expressão de felicidade no rosto, estando acompanhados de seus brinquedos, todos de caráter bélico. O brado, On les aura!, ou “Vamos pegá-los!”, indicaria que, desde a mais tenra idade, os franceses já seriam movidos pelo mesmo sentimento e desejo de enfrentar e derrotar o inimigo.

Ambas as denominações, poilu e boche, foram amplamente difundidas na França, às vésperas e durante a Grande Guerra. Em tal contexto, o grande uso de cartões-postais fazia eco aos anseios, temores e representações sociais que impregnavam o imaginário coletivo na França, tratando uns, os franceses, como poilus, e outros, os alemães, como boches. Assim objetivava-se contribuir, de forma flagrante, para reproduzir e reafirmar tais estereótipos, ora enaltecedores, ora depreciativos, instruindo aos cidadãos franceses em relação àqueles que eram propostos como seus objetivos.

Por isso, conforme sintetiza o historiador H. P. Willmott: “O férvido nacionalismo que saudou o irromper da guerra foi amplamente o produto de anos de demonização e ridicularização dos estrangeiros, assim como da aceitação das ideias da superioridade nacional e racial pelas sociedades europeias.” (WILLMOTT, 2008, p. 12)

Considerações Finais
Naquele contexto da França da Belle Époque, bem como ao longo da Grande Guerra, apesar de sua aparente inocência, pequenos souvenirs, tais como os cartões-postais, eram destinados não apenas a falar sobre a guerra, assunto premente naqueles tempos, como também muitos deles o faziam de maneira nitidamente favorável ou até mesmo apologética às soluções de natureza bélica e antigermânicas. Por isso, durante o conflito, postais deste tipo serviam muito bem para presentear pessoas queridas, registrando o desejo de estar próximo, em meio a tantas outras expressões de carinho. Mas também podiam pregar o ódio, estampando cenas associadas à guerra ou à sua iminência, mostrar crianças e mesmo bebês como bravos combatentes, assim como o inimigo como um ser aparvalhado e que deveria ser combatido e eliminado. Assim, faziam propaganda e, pode-se propor, visavam instruir em favor da guerra.

Os cartões-postais bélicos, conforme se pode observar, não primavam pelo realismo. Ao contrário disso, exibiam imagens altamente idealizadas, correspondentes à percepção de que somente por intermédio da guerra a França obteria a revanche tão almejada desde 1871. Nem retratos fiéis da guerra, nem puras idealizações destituídas de sentido ou de conexão com a realidade, os exemplares produzidos na França às vésperas e ao longo da Grande Guerra nos colocam em contato com anseios, esperanças, medos, certezas e incertezas experimentados por sua população há um século.

Referências
Dr. Marco Antonio Stancik é Professor Associado do Departamento de História e dos Programas de Pós-Graduação em História (Profissional e Acadêmico) da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

AUDOIN-ROUZEAU, Stéphane. La Guerre des enfants (1914-1918): essai d’histoire culturelle. Paris: Armand Colin, 1993.
ARTHUR, Max. (Org.). Vozes esquecidas da Primeira Guerra Mundial: uma nova história contada por homens e mulheres que vivenciaram o primeiro grande conflito do século XX. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
COELHO, Ricardo Corrêa. Os franceses. São Paulo: Contexto, 2008.
CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jaques; VIGARELLO, Georges (Org.). História do corpo: da revolução à Grande Guerra. Petrópolis: Vozes, 2008.
DICTIONNAIRE des termes militaires et de l’argot poilu. Paris: Larousse, 1916.
HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios (1875-1914). 13 ed. rev. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
KEEGAN, John. Uma história da guerra. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
STANCIK, Marco A. “Entre flores e canhões na Grande Guerra (1914-1918): o final da Belle Époque e o começo do "breve século XX" em um álbum de retratos fotográficos” in REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA, São Paulo, v.  29, n. 58, p. 443-465, dez. 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbh/v29n58/ a09v2958.pdf>.
STANCIK, Marco A. Souvenirs da Grande Guerra (1914-1918): virilidade e feminilidade em cartões-postais franceses. Curitiba: CRV, 2017.
STEVENSON, David. 1914-1918: a história da Primeira Guerra Mundial. Barueri/SP: Novo Século, 2016.
THIESSE, Anne-Marie. “Ensinar a nação pela região: o exemplo da III República Francesa” in EDUCAÇÃO, Santa Maria, v. 34, n. 1, p. 13-28, jan./abr. 2009.
TUCHMAN, Barbara W. Os canhões de agosto. Lisboa: Íbis, 1964.
VINCENT, Gérard. Guerras ditas, guerras silenciadas e o enigma identitário. In: PROST, Antoine; _____ (Orgs.). História da vida privada: da Primeira Guerra aos nossos dias. Tradução por Denise Bottmann. São Paulo: Cia. das Letras, 1994. p. 201-247.
WALTHER, Peter. The First World War in colour. Cologne: Taschen, 2014.
WILLMOTT, H. P. Primeira Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

3 comentários:

  1. Boa Tarde!
    Primeiramente parabéns pelo trabalho. Muito interessante. Lendo-o, observei que a ênfase, ao menos nas fontes aqui apresentadas, enfocam o menino (futuro soldado) e a mulher/idosa (aquela que educa o futuro cidadão/guerreiro). E a criança menina? ela tem algum lugar na construção dessa "criança heróica", ainda que secundário, ou ela simplesmente é ignorada?
    Mais uma vez parabéns pelo interessante trabalho
    Bruna Alves Lopes

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  2. Olá, Marco Antonio!

    Parabéns pelo seu trabalho! Acredito que você está inovando muito a metodologia do uso de imagens como fontes para a História, e principalmente para os estudos sobre a Primeira Guerra e da masculinidade. Sei que não é seu objeto, mas gostaria de saber se um diálogo com os livros didáticos de História pode ser um passo importante para pensar essa relações entre masculinidade, guerra e ensino?
    Também vou fazer uma questão sobre a figura 2, será que a figura da mulher idosa pode ser pensada como uma representação da própria França?

    Muito obrigada!

    Andréa Schactae

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  3. Olá, Boa noite!
    Quero antes parabeniza-lo pelo excelente trabalho, que permite algumas reflexões pontuais não só sobre construções de esteriótipos, como também, na propagação de intenções, movimentos e ideologias de forma intrínseca ou não. Confesso que fiquei curioso quanto onde encontrou suas fontes? e segundo se esse modelo de masculinidade ideal dentro do contexto trabalhado foi propagado também em outros meios?
    att. João Marcelo Dutra Araujo

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